sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Em espera

Ao longo da semana passada, diria que no começo dela, cheguei a abrir a página do blog para escrever acerca da promiscuidade da nossa mídia, mais precisamente um veículo de comunicação, quanto a presença do ex-Beatle Paul McCartney em show realizado em Porto Alegre. Chegaram ao cumulo de entrevistar ao vivo o motorista que levou o artista do hotel até o Beira-Rio. Convenhamos! Mas, decidi não entrar no mérito, pois assim, eu também estaria supervalorizando o fato, o que não é minha intenção. Neste exato momento em que vocês, meus caros leitores e leitoras, lêem este texto, estou na cidade de Canela. Neste exato momento duas possíveis reações devem brotar no sentimento de todos: ou estou esnobando, pois a cada sexta-feira estou numa cidade turística diferente; ou vocês devem estar pensando o que tem a ver com isso. Primordialmente não estou querendo me gavar de nada. Por coincidência, por duas semanas seguidas tenho compromissos em cidades turísticas. O de hoje é profissional e deve estender-se até domingo. Em segundo, menciono tal fato apenas para dar uma satisfação, tendo em vista que este texto foi escrito no dia anterior e assim, pode conter alguma coisa que já não condiz mais com a realidade, ou então, deixar de tratar de algum fato realmente relevante.
Ontem estampava a capa do Jornal NH uma imagem da escadaria da Catedral de Novo Hamburgo tomada pela água. Não me ative a matéria. Soube posteriormente que um arroio que corta as imediações da rua Joaquim Pedro Soares transbordou e a água invadiu, inclusive, um conhecido mercado instalado nesta. Pelo que se vê, em face as contantes mudanças bruscas de temperatura, este fato não será isolado neste verão. Novo Hamburgo, todavia, não está sozinha. A cidade de Taquara, onde trabalho geralmente, tem sofrido constantemente às enchentes. No caso específico de Taquara, entretanto, eu não isento o poder público que está ciente de tal problema e não toma nenhuma providência. A questão toda é que cano enterrado não dá voto, não é verdade? Mas enfim, a questão toda está nas interpéries do tempo. Vejam bem, em pleno mês de novembro há a necessidade de usar um agasalho principalmente no período da manhã sob pena de se passar frio. Sem contar nestas enchentes que estão por aí assolando os mais desavisados. Culpa nossa? Provavelmente. Não diria contudo que a culpa é da humanidade contemporânea, uma vez que, noticiou-se já fenômenos semelhantes muito antes desta nossa época atual, ainda que tivessem muito menos veículos entre outros objetos poluidores. A culpa em suma, é da humanidade como um todo no advento da necessidade de evolução (partindo do pressuposto que ela seja mesmo necessária).
Ao chegar no derradeiro parágrafo deste texto chego a conclusão que não deveria ter tratado de assuntos como os mencionados numa sexta-feira. Não há, no entanto, como fechar os olhos a realidade que bate a nossa porta e esta, infelizmente não escolhe dia da semana para bater. Eu como um realista, não posso mascarar os fatos e assim, nada mais me resta senão tratar de menciona-los. O que podemos fazer é tratar de esquecer um pouco dos problemas durante o final de semana, primando pela alegria, divertimento e convívio harmonioso em família. Desligar do mundo é impossível, mas deixá-lo em espera, quem sabe, pode ser uma boa pedida para um final de semana como este que aí está.
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Abraço e bom final de semana a todos.

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