segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Super-Herói

Há cerca de duas semanas atrás uma revista brasileira, que por motivo de força maior não direi o nome aqui, retratou como manchete em sua capa o Tenente-Coronel Roberto Nascimento, personagem do ator Wagner Moura no filme Tropa de Elite 1 e 2, como o Super-Herói brasileiro. Confesso a todos que num primeiro momento não entendi muito bem aonde tal revista queria chegar, até que, ontem, após assistir o filme no cinema, compreendi o verdadeiro significado do título da matéria. Antes de entrar neste mérito, todavia, quero traçar a minha opinião sobre o que achei da produção cinematográfica brasileira. Farei isso, no entanto, em novo parágrafo pois o filme merece este destaque.
Meus caros leitores e leitoras, Tropa de Elite 2 trata-se do melhor filme brasileiro que eu vi na minha vida. Somente a parte 1 chega perto da qualidade do 2, mas mesmo assim é inferior. Ouso dizer que não assisti nenhum filme este ano, mesmo as superproduções norte-americanas, tão bom quanto a este dirigido pelo competente e diria até, brilhante, diretor José Padilha. Antes mesmo de assistir ao filme, fui muito bem recomendado por todos que já tinham assistido. A qualidade do filme foi ressaltada por todos sem exceção. Depois, a produção ganhou mais pontos comigo tendo em vista que não foi patrocinada por nenhum órgão público ou lei de incentivo a cultura. Se o cinema nacional quer ter destaque, tem que desprender-se das barbas do governo e caminha por si só. Para não parecer que estou querendo contar a história, atenho-me a mais comentários sobre a história em si. Apenas deixo registrado aqui que a atuação do ator Wagner Moura é simplesmente estupenda. Estamos, ao meu ver, diante do maior ator da história do cinema nacional. Um ator livre dos vícios de novela.
Num país como o nosso, tomado pela corrupção e pela descrença quanto a política nacional, utilizar-se da figura do Coronel Nascimento como um Super-Herói é perfeitamente válido. Não será assim, entretanto, que conseguiremos superar as barreiras ideológicas e a podridão que nos cerca. De nada adianta endeusar o personagem e continuar votando em bandidos que só querem o poder para roubar do povo. Por algumas vezes eu pensei para comigo no “porque” de eu estar abandonando a vida partidária. Ontem, eu acho que eu enxerguei o motivo. Não abandono somente a vida partidária mas como a política como um todo. Continuarei exercendo meu poder de cidadão, porém, muito mais como um dever cívico do que como uma convicção social. Fica abaixo, a imagem do nosso Super-Herói:


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Abraço e boa semana a todos.

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