segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Quem sabe um recomeço

Eu nem sei sobre o que escrever no dia de hoje e também como começar a escrever. O que sei é que tenho que escrever, ou melhor, que quero escrever. O motivo todo eu não sei, talvez o ímpeto de voltar a manter uma regularidade de textos por aqui, tentar voltar a fazer o que eu fazia até pouco tempo atrás e que agora, já não tenho feito mais. Todavia, não sei se este é o melhor dia para um recomeço e também nem sei se conseguirei levar adiante este meu desejo. Primeiramente, quanto a primeira afirmação, digo que hoje é uma daquelas segundas-feira que tem tudo para serem massantes. Estou tão cansado, mas tão cansando, que mais parece final de semana do que início. Tentei encontrar algum motivo mais específico para este cansaço todo, ter tido aula também no sábado de manhã, trabalho extenso da faculdade para entregar hoje ou simplesmente o excesso de calor e baixa umidade do ar. Fatores que podem ser sim, preponderantes à fadiga. Foquei meu pensamento nestas possibilidades e ao cabo, cheguei a conclusão que tais circunstâncias são apenas características materiais do meu cansaço. O estopim gerador de tudo é muito mais mental do que físico. Sim, eu estou mental e espiritualmente cansando e ainda não é dezembro. Um dezembro aliás sem feriados tendo em vista que natal e ano novo caem num sábado. Tenho muitos motivos, que até poderia revelar, mas, e como sempre digo, sempre tem um mas em tudo, não vale a pena para um texto que tem cara de recomeço. Talvez mais cara do que recomeço propriamente dito. Talvez um último esforço para fechar o ano num balanço um pouco mais positivo.
Questões envolvendo o nosso cotidiano social fervilham aos quatro cantos deste país. O mesmo não se pode dizer das coisas que envolvem o nosso tradicionalismo, ou pelo menos, a parte musical dele. Desde que eu voltei aos palcos, a mais ou menos cinco anos, nunca vi um ano tão fraco em promoções fandangueiras na região como um todo, expandindo à serra também. Sendo assim, tratamos de falar sobre os casos que assolam a nossa gente, afinal, não posso deixar de emitir a minha opinião sobre as mazelas e destemperos de nossa sociedade. Como todos sabem, o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) fora realizado neste último final de semana. O processo todo já começou torto com a esdrúxula proibição da utilização de lápis, borracha e relógio por parte dos jovens candidatos. Na seqüência, problema na impressão do cartão de resposta pode ter prejudicado cerca de dois mil candidatos. Se levarmos em consideração o problema ocorrido no ano passado, quando o jornal Folha de São Paulo noticiou suposta fraude na realização do então concurso, posso afirmar com toda certeza que o Enem caminha-se para o seu final, pois tais acontecimentos já passaram do nível de vergonha a qual o governo se propõe a passar a cada ano. Aliás, por falar em vergonha e governo, corre o boato forte em nossa imprensa nacional que o futuro governo articula a volta da extinta CPMF, contribuição sob movimentação financeira que supostamente angariava recursos para a saúde do nosso país. Ou seja, mais uma forma de atochar no povo uma cobrança pra cobrir a roubalheira. E o caso aqui não é único de um partido, pois todos parecem estarem a favor de reeditar tal medida.
Ainda que eu não tenha trazido a tona nenhum aspecto sobre o meu cansaço mental deste final de ano, pelo que foi lido nas linhas antecedentes a esta pode-se perceber que não é muito difícil de imaginar parte da fonte dos meus problemas. Creio que o ditado que mais se encaixa a realidade do nosso país seja: quem nasce para ser lagartixa nunca chega a ser jacaré! Explico: quem veio ao mundo para ser colonizado por meia dúzia de espertos com cara de idiota, e enfim, para ser um país de terceiro mundo, jamais chegará a ser um país desenvolvido. Temos a podridão como alicerce da nossa criação e desenvolvimento. Mas enfim, meus caros leitores e leitoras, vou encerrando as coisas por aqui antes que eu acabe falando coisas que não devo. Continuo cansado e até decepcionado com o andar da carruagem mas ao mesmo tempo feliz, por conseguir chegar ao fim deste texto e voltar a manter este contato mais próximo com todos os amigos e amigas.
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Forte abraço e uma boa semana a todos.

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