sexta-feira, 5 de novembro de 2010

De ensaiar os passos da valsa


No último sábado acompanhei a boda do Léo e da Carol. Com direito a igreja, festa e tudo mais, é claro. Por muito tempo de minha vida eu tive sérias restrições a entidade do casamento. Acho até que, se eu for procurar nos textos mais antigos deste blog, vou achar algo desabonador ao sacramento religioso. Após a cerimônia, no entanto, eu fiquei pensando o verdadeiro motivo pelo qual eu sempre tive este tipo de preconceito e, acabei por não chegar a conclusão alguma. Aliás, muito dos preconceitos que eu vim cultivando ao longo do tempo eu até hoje não sei o porquê. Poderia dizer que é por causa de minha veia regionalista, porém, isso seria apenas uma cortina de fumaça, afinal, a essência gaúcha que me acompanha jamais deixará de existir em face de minha forma de vestir, ou qualquer outra atitude que eu vier a tomar em determinado ponto específico de minha vida. A quebra de paradigmas ao longo do último ano tem me feito muito bem, tenho tornado-me menos infeliz e menos chato, enfim... Mas o assunto de hoje é o casamento, e é por ele que eu manterei-me mais um pouco aqui redigindo algumas palavras.
Uma cerimônia com estilo. Não foi nem igual e nem diferente das outras. Não foi requintada nem simples. Foi uma cerimônia única. Os noivos souberam aproveitar cada momento do seu casamento, transformando-o num evento certamente inesquecível. Desde a chegada na igreja até os últimos instantes da festa, tudo foi de uma alegria tamanha que, ninguém, ousaria dizer que ambos não estão estupendamente felizes. De terno novo, posso dizer que eu aproveitei também bastante. As últimas festas de casamento que fui, eram bem tradicionais e isso de repente até contribuiu para o meu pouco gosto por tal. Mas esta estava diferente, divertida, jovial, moderna. Ahh, sem contar que eu tava muito bem acompanhado. Por falar nisso, tive o prazer de rever os amigos Antônio e Dani (peço até desculpas se não dei-lhes a atenção necessária). Coincidência ou não, pouco depois de o primo velho mencionar sua intenção de contrair matrimônio no próximo ano que já está aí batendo a porta, quem arrematou o buquê? Quem? A Dani! Parece até maracutaia não é? Não, é o destino mesmo. O deste casal já está traçado. Seguiu-se a festa na maior alegria, e eu, como a muito tempo não se via, diverti-me de forma uníssona.
Como a vida muitas voltas dá, creio que hoje eu já tenha extirpado de meu corpo o preconceito perante o casamento. Sei que o matrimônio é bem mais que uma cerimônia, ou que uma pomposa festa que venha a segui-la, porém, mesmo assim, eu já passo a ver tal sacramento com olhos mais compactuadores. Ainda acho que o custo deste processo todo ainda não é barato, e que com esse dinheiro dava pra fazer outros investimentos tão necessários quanto (como dar entrada num imóvel, por exemplo). Mas muito bem, e aonde ficará as boas recordações deste momento único em nossas vidas? Sim, pois parto do pressuposto que as pessoas se casem uma vez só, ainda que a realidade esteja tão mais cruel ultimamente. As boas lembranças, aquela que passamos ao lado dos amigos, da família e, enfim, da pessoa que amamos, esta sim é a que ficará marcada na memória para sempre. E isso, meus caros e minhas caras, não tem preço nenhum que apague. Está chegando a hora do meu primo velho Antônio começar a ensaiar os passos da valsa de núpcias, pois, não dá pra fazer feio. Ouso dizer que eu também devo ensaiar passos da mesma dança, afinal, nunca se sabe o dia de amanhã. Não é mesmo? Coisas da vida que tantas voltas dá.
_
Muitas felicidades ao Léo e a Carol!
_
E um forte abraço e bom final de semana a todos.

Um comentário:

Antônio Dutra Jr. disse...

Hahahahahaha!

Bela menção à minha pessoa e à Dani, meu caro! De fato, o casamento do Léo e da Carol foi um marco pela originalidade, e agora teremos de trabalhar dobrado para conseguirmos o mesmo sem parecer plágio puro (até porque deu vontade de copiar muita coisa, hehe).

Não te preocupes com a atenção dada à gente, pois o simples fato de nos reencontrarmos já foi de grande valia.

E, quanto à valsa, sabes bem que pouco preciso de ensaio, uma vez que domino os passos dessa tradicional dança dos matrimônios. Talvez tenha que ensaiar mais com a mãe e as avós...

Bueno, foi dada a largada a partir do fatídico buquê. Agora é começar a orçar o tamanho dos gastos, que não é pequeno... mas, como bem disseste, vale à pena. Cada centavo ficará eternizado assim que acabar a festa.

Abraço!