segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Coisas do campo

Ontem terminou mais uma edição da Expointer, 34ª se não me engano, sem que eu tenha ido visitar. Diga-se de passagem, faz algum tempo que não frequento as dependências do Parque Assis Brasil em Esteio tendo o lazer como objetivo. Por compromissos profissionais, no ano passado estive acompanhando a montagem da estrutura da feira, contudo, sem ver tudo pronto. Este ano não tenho mais este compromisso e também não restei motivado a simplesmente passear pelos estandes da feira. Inegável, entretanto, é a importância que a Expointer exerce no contexto da Agroindústria e da Pecuária não só para o Rio Grande, mas como também para o Brasil e América Latina. Inegável também é a vocação que o Brasil tem para o desenvolvimento deste ramo da economia. No tocante ao Rio Grande, é de se aproveitar o atual momento, quando temos um gaúcho no comando do Ministério da Agricultura, para desenvolver ainda mais as relações comerciais e a qualidade de nossos produtos, equipando o campo e as formas de lidar com a terra, claro, sem jamais perder a identidade do que é nosso. Não podemos esquecer, momento algum que, muito embora o petróleo e a tecnologia sejam essenciais para nossa sobrevivência hoje, com um grande esforço podemos voltar a conviver sem eles. Não se pode dizer o mesmo da comida e da fome do povo, contudo.
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Os compromissos do dia a dia e a vida agitada acabam nos afastando de muitas coisas que gostamos. Lamentavelmente, faz mais de dois meses que não vou a minha querida São Chico e, por consequência, que não avisto familiares e patrícios. E o pior é que não posso prever quando lá irei novamente. Quem sabe por volta da Semana Farroupilha. Quem sabe. Meu convício com o campo então, nem posso comentar pois, a vergonha me toma conta. Não posso precisar quanto tempo faz que não vou lá fora, para rever os verdes campos e dobrados da minha querida serra. Ando carecendo daquela paz, do mugido de vaca de manhazinha na mangueira esperando para “servir” o leite. Enfim, tenho que achar um tempo para rever minhas origens, abraçar minhas avós, tias, amigos e amigas. E depois seguir por diante, como já é de costume.
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Muito embora seja nos grandes centros urbanos que vivem a grande maioria da população mundial e onde se constrói esta sociedade que conhecemos hoje, não podemos nos esquecer de que é no campo que se origina aquilo que nos sustenta. O iminente tradicionalista Glênio Fagundes é autor de uma celebre frase que diz mais ou menos assim: “Quando o campo vai mal, a cidade vai mal”. Concordo plenamente com o seu Glênio. Lá fora é onde se colhe, se planta, o até mais puro, sopra o minuano no topo da serra, e onde também cantam as carucacas. Por lá se avista o horizonte sereno e se conhece a paz. Coisas do campo. Oh coisa boa.

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Abraço e boa semana a todos.

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