segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Pátria amada?

Percebe-se que não dei muito destaque às festividades da independência do Brasil, para não dizer que apenas mencionei. Considerando, entretanto, que mantenho posicionamento favorável acerca da República Rio Grandense e, portanto, acabo tornando-me um indiferente para as coisas do Brasil (no que tange às comemorações, tão somente), até que mencionar já deve ser considerado louvável. Louvável nestas circunstâncias, logicamente, mas não respeitável. Não, meu posicionamento é indigno. Muito embora eu carregue comigo este ideal separatista, sou brasileiro nato e, dessa forma, deveria respeitar o simbolismo da data. O que me conforta é que há coisas piores. Muito piores, aliás. Senão vejamos:
Assistindo o começo de um telejornal noturno, o último da noite, não fora feita menção alguma acerca dos festejos da pátria. Não bastasse isso, ainda se deu um destaque tamanho a “comemoração” do decênio do ataque às torres gêmeas em Nova York, que um dos apresentadores fora enviado para a cidade. De fato, o problema dos outros é o nosso problema. O que é teu é melhor do que é meu. Vocês sabem o que significa o dia da independência para os norte americanos? Pois é. Semelhante o significado do 20 de Setembro para nós gaúchos. Com menos pompa e glamour é claro. É, pelo que se vê copiamos só o que não presta mesmo.
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Preconceito é realmente algo que jamais será abolido pela humanidade. Somos mesquinhos, arrogantes, prepotentes e contumazes. O que ninguém fala, é que muitas vezes o preconceito é recíproco, ou seja, tanto de quem pratica quanto de quem recebe. Ora, quantas vezes você passa por uma situação em que a pessoa que está na sua frente simplesmente não o cumprimenta? Você não fez nada para ela, não está nem aí para ela, mas, por cordialidade, diria um bom dia ou boa tarde talvez. O talvez serviria tanto para um branco, negro, amarelo, pardo, índio enfim. É da opção de cada um. Você não precisa ter vontade de cumprimentar o outro. Vai da intensidade da gentileza pessoal no dia. Mas, e sempre tem um mas em tudo, o diferente (sim, nesta altura do campeonato ele já se considera diferente por conta própria) neste exato momento taxa você como preconceituoso. A partir de então ele se transforma em mártir, perseguido e, quiçá, a caminho da santidade.
Não vou me alongar, até porque é possível que alguns não entendam e, pasmem, me chamem de preconceituoso. Não sem antes afirmar que, na maioria das vezes, o preconceito quem exerce é a sedizente vítima.
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Não sei se na minha história de vida o ano de dois mil e onze está taxado como “de mudança”, mas que as coisas tem dado reviravoltas isso tem. De qualquer forma, estou feliz por ter tido o discernimento necessário para conduzir estas mudanças de forma pacífica. Admito, todavia, que não tem sido fácil. Quando a gente de apega a algumas coisas ($) fica mais difícil. Agora, o final não seria tão mais agradável se as coisas viessem de mão beijada, não acham? Sigo na peleia, como um bom gaúcho. Lutar que, aliás, é a marca do Campeiro.
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Abraço e boa semana a todos.

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