segunda-feira, 7 de maio de 2012

Incrédulo

O assunto de sexta-feira talvez coubesse hoje, mas aí perderia seu sentido. O tempo é crucial e impiedoso. Tem coisas que até ganham uma sobrevida, mas outras, se deixar o pingo passar encilhado, se perde um bom cavalo e uma ótima oportunidade. Os assuntos de segunda-feira tem se tornado mais instigantes ultimamente. Não tem havido nada muito interessante, afora notícias requentadas no cenário político nacional. Por falar em política, nunca vi um ano eleitoral tão sem graça. Faltando menos de dois meses para a largada da corrida, não há ainda movimentação nos boxes. Em Novo Hamburgo, me parece que há carreira de páreo corrido. Em São Chico, não é o desenho de três candidatos que ganha destaque, mas as coligações improváveis e sem qualquer ideologia. Fora, é claro, cavalo cansado arriscando os últimos pêlos que tem no lombo. Tem tudo é claro, pra mais um fiasco acontecer.

Por isso, acabei não comentando sobre o aniversário do CTG Rodeio Serrano, na cidade serrana já citada. Pensei em vir aqui no sábado, mas aí achei que não convinha requentar assunto batido, aquele do bolo (risos). Certamente, ante o posicionamento firme e autêntico da patronagem atual, infelicidades como aquela não mais ocorrerão. Depois, ainda que não tenha ido no fandango, tenho certeza que João Luiz Corrêa representou à altura a história do Rodeio Serrano. É de se esperar que novos valores surjam no meio tradicionalista de São Chico, e que sejam capazes de darem dignidade ao que representa esta entidade com mais de meio século de história. Que não haja um retrocesso de pensamento e, por óbvio, de cultura e história. O CTG Rodeio Serrano e São Francisco de Paula não merecem.

Aliás, o mesmo vale para a política. De um eleitor ferrenho de São Chico eu me tornei um incrédulo, de forma a refletir, inclusive, na possibilidade de transferência do domicilio eleitoral finalmente para Novo Hamburgo. Ainda posso vir a fazê-la até quarta-feira, aliás. Ocorre que lá, nos últimos anos, tem se chovido no molhado. Não há uma evolução social e cultural no povo e nos políticos; a cidade ainda não entendeu que deve valorar como atividade econômica principal o turismo e, para isso, receber e tratar bem os seus visitantes. Vejamos a Festa do Pinhão: cogitou-se a sua não realização este ano, além da mudança constante do local da festa. Lamentável! No fim, aquilo que eu achei que era certo quando depositei meu voto há 4 anos, só não se tornou uma decepção porque, lá no fundo, eu já sabia que ia ocorrer. Mesmo assim não voltei atrás. O pior é que agora mesmo é que eu estou incrédulo. Qualquer um que vier a sentar na cadeira de prefeito de São Chico não fará nada de muito útil à cidade. Isso porque há uma diferença significativa entre o político e o administrador. Lá, pasmem, acreditem: não há nenhum dos dois.

Abraço e boa semana a todos.

Nenhum comentário: