sexta-feira, 15 de março de 2013

Por isso canto o gauchismo...

Sei que eu já falei sobre isso aqui, mas mesmo assim vou repetir: tem me animado as promoções que os CTG's da região tem feito neste início de ano. Aliás, no mesmo sentido no que tange as prefeituras. Nem sempre foi assim, mas também já foi assim. Tanto, que muitos grupo tradicionais encerraram suas atividades (alguns ensaiam a volta) em razão das condições ruins de mercado, principalmente dos anos de 2010 e 2011. Este que vos escreve mesmo, quantas sextas-feira passou batido por aqui, sem sequer mencionar qualquer notícia acerca do gauchismo? Logo, outra pergunta não pode ser feita: o que fez mudar a realidade?

Acredito que, de fato, o poder de compra do brasileiro melhorou, de modo que passou a ter mais oportunidades inclusive de lazer. Todavia, isso não é suficiente! Campanhas do MTG ou Associações Tradicionalistas para novamente reunir o rebanho (tal qual pareceu esta troca estranha de papa) também não tenho conhecimento. Não de maneira explícita, pelo menos. Então, o que houve?

Primeiro, destaco o desempenho de meus colegas músicos. Tudo o que aconteceu nos últimos tempos em prol da cultura do Rio Grande se deve a eles. Foram os músicos que tomaram a frente. Simples. Vejamos o caso do "Manifesto Campeiro", em prol dos rodeios: afora algumas manifestações de pessoas engajadas com o tradicionalismo, as quais exemplifico na figura do amigo, patrício, compositor, poeta (e muito mais) Léo Ribeiro, quem mais levantou a bandeira? O MTG? Salvo engano, figura como partícipe e não como autor dos eventos relacionados ao tema. Por falar em "Manifesto Campeiro", no dia 26 deste mês corrente, nas dependências da Sociedade Gaúcha de Lomba Grande, haverá mais uma edição do mesmo, com presença de figuras carimbadas da nossa música campeira, fandangueira, missioneira e da fronteira (e todas as outras também).

Depois, tenho que referir que a patronagens dos CTG's (finalmente) parecem ter resolvido abrir as portas dos seus galpões para que os tradicionalistas e também simpatizantes pudessem adentrar e sorver um pouco de nossa cultura, afinal, como poderiam assim fazer se quando batiam à porta ninguém lhes recebia?

Portanto, e encurtando o causo antes que fique meio embrulhoso, chego a conclusão que nada se resolve senão com a vontade das pessoas. Dos compositores, poetas, pajadores, declamadores, instrutores de dança. patrões e músicos (perdoem-se se deixei alguém de fora). Sempre que subi nos palcos deste nosso Rio Grande, assim o fiz com o orgulho de estar ali retransmitindo uma história de peleia, tutano e garra. Por isso que canto o gauchismo (eis a resposta para aqueles que sempre perguntam).Por isso que canto o gauchismo. Por isso que sigo e seguirei cantando o gauchismo. E não demorará muito para que este reencontro, meu e do palco, ocorra. Afinal, nesta cousa toda de peleia, tutano e garra, ainda tenho muita história para contar.

Abraço e bom final de semana a todos.

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