Com o pingo encilhado e o peito velho em brasa
Louco pra voltar pra casa, numa saudade farrana
Sinto o cheiro das hortências iluminando meu caminho
Num traçado sem espinhos; a minha espera a serrana
O velho mouro num trote pressente breve chegada
Avisto a fumaça das casas e o minuano apertando o passo
Quem sabe uma cordeona amiga já me espera pra um floreio
Com um pinho costeando no meio, já ta prontito o trancaço
E assim me aproximo da serra, da minha São Chico amiga
Jamais negará guarida para um filho que está desgarrado
É um poncho serrano emalado, cobertor num inverno arredio
Já chego taureando o frio e saudando que voltei pro pago
Ó São Chico de Paula, terra boa e hospitaleira
Sera sempre minha parceira, berro ao vento que sou tua gente
Quem sabe um pinhãozito assado e dos Bertussi um bugio medonho
Pra uma chegada de sonho, nos campos dobrados: cerne e vertente!
* versos de Bruno "Campeiro" Costa
São Francisco de Paula, 110 anos, aos dois dias do mês de abril de 2013.
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