terça-feira, 18 de novembro de 2014

Chegadas e partidas

Ontem, estive no aeroporto internacional Salgado Filho, na Capital, para buscar meus pais depois de uma rápida visita ao estado de Pernambuco, que eu não conheço. Aliás, não conheço o nordeste brasileiro. Embora as pessoas falem maravilhas, não consigo me empolgar. A meu ver, ainda tenho muito Rio Grande para conhecer antes de atravessar o país. Minha vida enraizada na cultura gaúcha também me torna um tanto quanto bairrista, ainda que eu não tenha nada contra o nordeste ou o seu povo. Longe de mim, por sinal. Como diz o mestre Gildinho, d'Os Monarcas, "o sol nasceu para todos"!

Pois enquanto esperava no saguão do aeroporto, já com os olhos impacientes virados para o desembarque, me surgiu na cabeça o título deste texto que vocês, nobres leitores, leem neste momento, engrandecendo este espaço que, felizmente, já está consolidado como fonte de informação e, principalmente, espaço de opinião. É um título muito sugestivo; concreto e abstrato. É concreto quando um episódio da vida marca a mudança de alguém ou de nós mesmo. Alguém que foi embora e/ou outro que voltou. Abstrato quando as mudanças estão no subjetivismo da vida. E acredite: a vida é o principal expoente do subjetivismo.

Por exemplo: o nosso (ausente) colaborador Rodrigo de Bem Nunes é um grande amigo que a vida me deu. Não crescemos juntos, já nos conhecemos na adolescência, mas bastaram alguns meses para construirmos uma grande amizade. A vida, subjetiva, após o encerramento do ensino médio, nos levou para caminhos distintos. Ficamos alguns anos sem nos ver e ou falar. Quis o facebook nos juntar novamente e imaginei que, a partir dali, nada mais nos afastaria. Há alguns meses o Rodrigão foi de mala e cuia para Houston, no estado norte-americano do Texas. Boatos dizem que ele foi para lá como mão de obra qualificada na arte de assar churrasco (a Corte americana decidiu que os assadores gaúchos tem entrada garantida e facilitada nos EUA). Mas creio que são só boatos (risos). Por falar nisso, e me permitam o aparte, em breve farei um texto contando de um aniversário do Rodrigo, onde seu pai, meu amigo Aristeu Nunes, assou um churrasco que jamais esqueci. 

Retomando, quis o destino nos separar novamente, embora agora a distância seja atenuada pela tecnologia. Por oportuno, gostaria de fazer um novo aparte: o Rodrigão esteve no Brasil no mês passado e, pasmem, sequer deu atenção para este velho amigo aqui. Sorte que meu coração é tipo o de mãe e sempre perdoa os pecados alheios (risos). Voltando: é claro o paradigma de um caso de chegada e partida. Coisas da vida. A tristeza da ausência é facilmente suplantada pela alegria da felicidade do Rodrigo e da Dona Cátia que estão construindo uma nova vida em pagos distantes. E é para isso que serve a saudade...

No tocante ao abstratismo, creio que minha vida seja um exemplo claro de chegadas e partidas. Não foram poucas as mudanças e novas devem surgir por aí. Uma, em especial, até já deveria ter ocorrido. Se o tempo nos faz esperar, creio que já chegou. Resta-me, então, a partida. A felicidade não bate em qualquer porta. Levantamos e vamos à luta para conquistá-la!

Chegadas e partidas, subjetivismo da vida... Bom tema para um início de semana (hehehe).

Um abraço ao amigo Rodrigo. Meu e dos leitores deste blogue, que esperam ansiosamente por um novo e perspicaz texto oriundo de sua mente privilegiada.

Boa sequencia de semana a todos.  

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