quinta-feira, 25 de junho de 2015

Nico Fagundes vive!


Quando já estávamos nas últimas horas da noite de São João, o Rio Grande do Sul fora atordoado pela notícia do falecimento do advogado, apresentador, compositor, escritor, folclorista, jornalista e tradicionalista Antônio Augusto Fagundes, o Nico - aos 80 anos.

A perda de Nico Fagundes para a cultura do Rio Grande do Sul é irreparável, pois desde sempre trabalhou em prol da nossa tradição, que não é daqueles que vestem bombacha ou frequentam CTG's, mas é de todos nós que por aqui nascemos ou então que nos identificamos com as coisas do Rio Grande.

Se tornou figura conhecida e reconhecida por todo mundo quando na década de 1980 passou a apresentar o programa Galpão Crioulo, referência no meio tradicionalista, cargo este que ocupou por cerca de três décadas. Muitos músicos, a partir dali, ganharam notoriedade e sob as bênçãos de Nico trilharam caminhos de sucesso.

Deixou muitas obras literárias falando das coisas nossas, sendo que até hoje lembro com alegria de uma passagem do livro Contos Gauchescos, sobre um padre que não gostava de castelhanos. Amanhã talvez consiga rir mais um pouco com a história. Mas hoje não...

Quem não conhece o "Canto Alegretense"?

Encerro com o trecho inicial da música "Origens", que é o tema de abertura do Galpão Crioulo:

"Eu sei que não vou morrer, porque de mim vai ficar...
Os versos que eu construí, o meu Rio Grande o meu lar..."

Nico Fagundes vive, pois a sua história e o seu legado não morrera´jamais! 

Rio Grande de luto.

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