segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Arthur

Não tinha nada pra escrever hoje. Na minha cabeça, nada de interessante germinava até que me ocorreu uma situação bem chata instantes atrás. Ocorre que meu único irmão, o Arthur (que está lá em São Chico desfrutando de férias escolares), ganhou do meu primo um presente, um carrinho não sei das quantas lá. Acontece que em vez dele ficar feliz com o presente, ficou triste. Questionado pela minha avó o motivo, disse que dos outros ele ganhava presente, mas do irmão dele, eu no caso, não ganhava nada.
Pausa.
Gente amiga, isso me doeu no coração. Um remorso profundo toma conta de mim neste momento. E o pior é que ele tem razão, eu nunca dei nada de interessante pra ele mesmo. Talvez por ser muito mão de vaca, ou simplesmente por achar que não é com presentes que se conquista uma pessoa, mas sim com outros valores. Contudo, não passa pela minha cabeça dura que ele é uma criança ainda, as voltas de completar dez aninhos. O que eu considero correto e justo, nem sempre é o mesmo para ele.
Vou fazer um breve resumo da nossa relação: Arthur quando era pequeno tinha problemas de hiper-atividade. Era terrível o guri (hehehe). Aí, no ano de dois mil e três foi descoberto um problema ortopédico nele. Foram duas cirurgias nas pernas, meses engessado ou com um aparelho, um tempão usando muleta e anos de fisioterapia e hidroterapia. Tudo isso com quatro, cinco aninhos. Sofreu o Tuizinho (como o chamamos em casa). Contudo, nunca deixou de estampar um sorriso bonito no rosto. Agora, graças ao nosso bom Deus está tudo bem. Ele ama jogar futebol e é apaixonado pelo Inter (ahh se não fosse hehehe). Nos últimos tempos, anda gostando só de música gaúcha, porque “o mano gosta”. É um amor de pessoa. Ele me admira muito, segundo minha mãe, eu sou o ídolo dele. Confesso que não gosto muito disso. Tenho defeitos e não quero que ele cresça achando que eu sou um exemplo. Mas ele aprende com o tempo.
Bom, o texto hoje é curto. Estou chateado com toda esta situação. Vou melhorar, vou ser o irmão que ele espera, podem ter certeza. Podem ter certeza também que eu sou apaixonado pelo Arthur.
O mano te adora Arthur.

por Bruno


Abraço e uma boa semana a todos.

2 comentários:

Antônio Dutra Jr. disse...

Cara, minha relação com o João Gabriel é a mesma, apesar de eu não saber de alguma reclamação dele sobre eu não dar presentes, e olha que eu dificilmente os dou.
De qualquer forma, encara isso como um capricho da infância. Tenho certeza que, daqui a 10 anos, o agradecimento dele a tudo o que tu ensina agora será muito maior do que a chateação por não ganhar qualquer carrinho ou algo que o valha.

Grande abraço!

Unknown disse...

Bruno:

Não faz mal se não dás graaandes presentes materiais ao Arthur. Procura guardar esta postagem, para mostrar e falar com ele, uns anos à frente.
Tenho toda certeza de que ele sente e vai saber valorizar ainda mais o teu Amor para com ele = e é exatamente Este o presente mais significante que alguém pode ganhar da gente.
Muito legal!
Saúde e Sorte a vocês.
Abraços,

Carla Schuch