sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Ser simples me basta

Toda sexta-feira é a mesma coisa. Ou pelo menos, a maioria das sextas-feiras. Surge na minha cabeça um tema interessante para ser abordado aqui, contudo inevitavelmente polêmico. E polêmica na véspera do final de semana, e logo após um feriadão de carnaval, não é um bom tópico para ser trazido ao conhecimento do grande público, leitores deste blog. Aí, começa um dilema inspiracional que vocês não tem idéia o quão perturbado eu fico. Nestes meses de janeiro e fevereiro, em virtude da fraca agenda de eventos gaudérios da região e porque não, do estado, pouco tenho falado do tema principal deste espaço e que me fez cria-lo: o gauchismo. Também não surge nenhum tema que mereça ser levado em consideração. Curiosidades é claro que existem, mas creio não ser este o momento certo de explana-las.
Ontem me deu um mau jeito na região posterior lombar das costas. Tive que recorrer a remédios tamanha a dor que sentia. Neste momento muitos de vocês devem estar pensando: E eu com isso? Não vou ficar chateado se vocês pensarem assim, afinal, eu pelo menos teria esta atitude. Dizem os mais céticos que a gente só aprende quando sente dor, uma dor que nem sempre é objetiva. Como tudo na nossa vida, a subjetividade também pode estar presente na dor, e a dor na alma,pode ser tratada como um grande exemplo disso, certamente. Quero deixar claro que minha alma não está doendo (hehehe), é apenas um exemplo. Mas falar em dor em plena véspera do merecido descanso o qual todos tem direito também não é das melhores formas de preencher linhas formando os ditos parágrafos. Vamos falar de coisas alegres, que motivem, que nos deixe com vontade. Vontade de que?
Pois é, aí vai da cabeça de cada um, da inspiração de cada um. Eu por exemplo, estou louco de vontade de voltar aos palcos deste nosso Rio Grande. A música já faz tão parte da minha vida, que parece que eu não consigo mais viver longe dela. Sentir o nervosismo que bate sempre quando começo a cantar. Aliás, um nervosismo que não precisava mais existir, tamanha a minha ficha corrida de fandangos por estes pagos. Para vocês terem uma idéia, em virtude da minha saudade dos bailes, até dos ensaios eu estou gostando. Pois é, eu sempre detestei ensaiar mesmo sabendo que é de suma importância. Tem sido de suma importância pelo menos. Arestas sempre existem e só a repetição é capaz de corrigir erros banais que eventualmente surgem. Há distância dos palcos tem me dado motivação para compor. Há quanto tempo eu não fazia isso com a freqüência de agora e o resultado tem sido muito bom. Tenho pensado inclusive em voltar a compor pra festivais. Falando em festivais, uma ótima notícia: a partir deste ano minha querida São Francisco de Paula tem um calendário fixo de eventos, e dentre eles está o Ronco do Bugio, um dos festivais mais tradicionais deste nosso Rio Grande. Quem sabe esta aí a chance para o retorno, não é mesmo?
Já me sinto bem mais animado agora e os espaços já estão chegando ao seu esgotamento. Achei que não ia conseguir terminar este texto e no entanto, cá estou eu a resumir os finalmentes para poder falar tudo que quero. Achei que este seria o pior texto que eu escreveria na história deste blog, contudo não ficou tão ruim, apenas ruim (hehehe). Na verdade ele ficou simples, como a vida do gaúcho. Para um povo que teve que lutar a ferro e fogo para ser reconhecido como gente igual aos outros, o luxo nunca se faz necessário. Nada como a simplicidade de poder tomar um mate amargo no fim da tarde, seja recostado num pelego do galpão ou no aconchego do nosso rancho amigo. Ter luxo mesmo é viver em simplicidade. É o que basta e é isso que importa.
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Grande abraço e um bom final de semana a todos.

Um comentário:

Antônio Dutra Jr. disse...

Dor nas costas, primo? Será a idade? Hehehehehehe!

Bom fim-de-semana! Um abraço!