terça-feira, 15 de junho de 2010

Questão de otimismo

Do jeito que está, será difícil eu fazer algum comentário sobre os jogos da Copa do Mundo aqui no blog. Assisti pouco, admito, mas este pouco que eu vi foi de uma pobreza técnica considerável. O que mais se destaca neste processo todo são as vuvuzelas. Instrumentos que a princípio parecem inofensivas espécies de cornetas, na prática, são ensurdecedoras e por vezes até mesmo irritantes. Mas, e sempre tem um mas em tudo, não cabe a nós julgarmos a forma como os torcedores sul-africanos usam para expressar a sua veia de torcedor do futebol. Gostar, é claro que eu não gosto das vuvuzelas, contudo, os africanos esperaram tanto por este reconhecimento que não cabe a mim botar um balde de agua fria neste momento. O negócio é ir tolerando, afinal, daqui uns dias a copa já termina mesmo. A copa terminando, volta-se a nossa realidade bem menos festiva(dependendo do ponto de vista, é claro) e muito mais indigesta(também dependendo do ponto de vista, é claro). Poucos devem ter notado, mas estamos a poucos dias de deflagrar-se mais um processo eleitoral no país. E como todos vocês sabem, virá por diante o horário eleitoral, político beijando criancinha, promessa disso e daquilo. O de sempre como sempre.
Mas voltando ao futebol, no sábado o Internacional anunciou Celso Roth como novo técnico, substituindo o moribundo Jorge Fossati. Como um colorado fervoroso não posso deixar de tratar sobre o assunto. Por incrível que pareça, não, eu não vou criticar tal contratação. Quando fiquei sabendo do ocorrido no início da noite do último sábado, num primeiro momento, achei que dos males ainda foi o menor. Cruel mesmo seria ter que ver Adilson Batista da casamata do time da casa no Beira-Rio. Analisamos então os prós e os contras de Celso Roth treinando o Inter. Primeiramente os prós: monta times equilibrados mesmo quando as peças disponíveis não são as melhores possíveis; não puxa nem um pouco o saco desta nossa imprensa abutre. Aliás, falando em imprensa, que papelão hein? Ficaram sabendo da contratação do Roth pelo Sportv e pelo site do Colorado. Furo? Nem pensar! Mas voltando: tem comando de vestiário( convenhamos, tá na hora daqueles jogadores mercenários entenderem que ele são os empregados, jamais os patrões). Agora, os contras: já chega com alto índice de rejeição por parte da torcida; parece estar sempre de mal com a vida; faz umas substituições meio loucas no decorrer da partida; nunca ganhou nenhum título de expressão.
Lembrei-me agora do Abel Braga, o Abelão. Chegou aqui no início de 2006 com a triste sina de na hora do vamos ver ser vice. Boa parte da torcida estava com o pé atrás. Moral da história: Campeão da Libertadores e Campeão Mundial de Clubes. Pessoas azaradas um dia deixam esta “urucubaca” para atrás. Futebol é detalhe. A vida é detalhe. O que pode estar ruim hoje está bom amanhã. O azarado de hoje é o sortudo de amanhã. O perdedor de hoje, é o ganhador de amanhã. Ou talvez não. Alguns tem a triste sina de nascerem, viverem e morrerem sempre na mesma vidinha. O que me resta? Torcer para que Celso Juarez Roth não seja um exemplo desta, e que ele encontre aqui no Internacional melhor sorte que tanto almeja. Otimismo para um pessimista, não?
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Abraço e boa semana a todos.

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