terça-feira, 1 de junho de 2010

Doce engano

Ao constatar que eu não havia cumprido minhas metas de postagem para o mês de maio, resolvi na semana que passou realizar uma postagem extra, tentando, para pelo menos dar uma compensada na minha falha, suprir a inércia que atingiu-me principalmente nos primeiros dias do quinto mês do corrente ano de 2010. Dei-me conta, ontem, todavia, que o mês de maio ainda estava presente no início desta semana, pois é hoje que começa o mês mais importante do ano: junho (hehehe). Enfim, nos despedimos do mês das mães, das noivas e do trabalhador sem notar uma importância significativa este ano para ele, afinal, nem o tradicional veranico veio. Um mês sem sal, como sempre, e comprido. Pior que maio só agosto mesmo. A quem goste, e eu respeito. Aliás, esta história de gosto é muito complexa e o melhor que fizemos é não discutir mesmo. Cada um com suas manias e suas loucuras. Em suma, se foi o mês de maio e começa o mês de junho. Já estamos quase no meio do caminho e daqui a dez dias exatamente começa a copa do mundo de futebol. Aí para o Brasil por cerca de um mês. Alguém tem alguma dúvida de que mais nada vai acontecer? Pois é né.
Mas voltando a cena a questão do veranico, ouso a traçar algumas linhas sobre a metereologia e os seus profissionais. Na última sexta-feira que passou, deixei de lavar o meu automóvel pois um reconhecido metereologista de uma reconhecida rádio da capital gaúcha disse que ia chover. Em suma, estou até agora esperando a tal chuva. Erros aliás, neste sentido, não são incomuns. Já notaram que antes mesmo do inverno chegar já estão falando em neve na serra gaúcha? Alguém lembra quando caiu consideravelmente neve pela última vez? Eu lembro, pois ainda morava em São Chico. Foi em 1993, e a intensidade foi bem abaixo da neve da década de 1980. Porém, o apelo comercial é bem mais forte. É sabido de todo ou qualquer um pouco mais esclarecido que, tendo em vista a questão geográfica é muito mais fácil nevar em São Chico, Bom Jesus, Cambará do Sul e São José dos Ausentes do que em Canela ou Gramado. Mas onde estaria o glamour da neve? Pois é né. As vezes acabamos comprando uma realidade fictícia e, pasmem, somos capazes de viver boa parte da vida, senão toda ela, sob os infortúnios deste engano. Sábio e bobo engano. Ou será um doce engano?
Jorge Fossati acabou por cavar a própria fossa. Se foi. Ouso dizer que acho que não fará falta. Futebol de novo? Talvez seja este um exemplo do doce engano da vida. Não tendo muito assunto para falar, trate de tratar de futebol. Todo brasileiro se considera um entendido de futebol. Por falar nisso, restam “apenas” dez dias para o começo da copa. Na minha vida o que muda? Nada. Na do resto da população? Nada talvez. O que resta deste incógnito talvez são os que ainda vivem sob a luz do pão e circo. Existe isso no Brasil? Também ouso dizer que sim. Só que, sob nova nomenclatura. Suponho que as pessoas que não me gostam, ou que não me compreendem ainda possam gostar de mim e me compreender. Falo, contudo, supostamente. Quem não me diz que isso pode ser mais um exemplo do doce engano da vida? Ahh o doce engano. Eu finjo que faço, você finge que acredita e nós fingimos que vivemos como Alice: no país das maravilhas.
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Abraço e boa semana a todos.

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