segunda-feira, 14 de março de 2011

Recomeço necessário

Enfim, parece que o glorioso (ou nem tanto) ano de dois mil e onze parece que realmente começou. Passado o carnaval e o pós carnaval com o já tradicional “enterro dos ossos”, o ritmo frenético das cidades parece ter voltado com tudo, sem necessidade de readaptação ou qualquer outra coisa. Vejamos o exemplo da BR 116, que bastou terminar o carnaval e já está mais engarrafada do que nunca. Ou então, o estacionamento da faculdade que até bem poucos dias dava para escolher aonde deixar o carro e agora se facilitar corre-se o risco de não conseguir vaga. Pode-se dizer que de uma forma geral a rotina como um todo muda após do carnaval. As pessoas caminham mais apressadas, agem como se aquele dia fosse o último e correm meus caros e minhas caras, como correm. Mas ainda assim eu acho que o problema das ruas, ou pelo menos o mais grave, é o trânsito. Possuimos cada vez mais veículos e as nossa vias não comportam tal quantidade.

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Vejamos o quão é cruel a força da natureza: o Japão é uma das nações mais ricas do mundo, uma das mais desenvolvidas tecnologicamente (senão a maior) e mesmo assim a fúria de um terremoto aliado a um “tsunami” de iguais proporções, fez com que o país fosse devastado de tal forma que talvez alguns longos anos não sejam capazes de recontruir tudo que fora perdido. Isso prova por mais avançado que esteja o estágio da humanidade, mais estamos a mercê dos adventos causados pela natureza. Sabem por que? Porque somos burros. Estamos botando tudo fora. Degradamos, subtraímos, destruímos. O preço que o Japão está pagando pode até não ser de todo sua responsabilidade, afinal, países como os Estados Unidos, por exemplo, estragam muito mais o planeta, mas tem sua responsabilidade. Todos temos responsabilidade, agora, para avistar isso, só quando tivermos a água batendo na altura dos joelhos dentro das nossas próprias casas, ou então, quando perdermos alguém que amamos bastante.
Se você sabe rezar, tem fé, creio ser chegada a hora de acender uma vela e meditar um pouco.

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Ao abrir a página dos principais jornais impressos do país, subtraindo as páginas esportivas, de política (leia-se também corrupção) e de tragédias (leia-se também escorrendo sangue), despencam-se ofertas e mais ofertas de automóveis. E por ser, o automóvel, uma das paixões do brasileiro, as montadoras e principalmente as agências de publicidade e propaganda exploram este gosto até o último tostão que os sonhadores possuem nos seus bolsos e até o que não possuem. As ofertas são tentadoras:” trocentos” meses para pagar, taxas ilusoriamente baixas e o sonho do carro zero finalmente ao alcance das mãos. Doce ilusão. Senhores e senhoras não possuimos boas estradas, boas ruas e nem cidades preparadas para esta enxurrada de novos veículos que habitam a nossa realidade dia-a-dia. E os usados que são utilizados na troca destes carros novos? Pelo que se vê, a ganância e o sonho do consumismo vai realmente nos levar para o fim dos tempos. Fim do mundo? Não, não estou escrevendo isso. O fim de um tempo, uma era, não significa necessariamente o fim da nossa espécie. Mas sim, a oportunidade de um recomeço mais do que necessário.

Um abraço e uma boa semana a todos.

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