segunda-feira, 9 de maio de 2011

Desestímulo

Com o passar do tempo a gente vai se desestimulando com algumas situações. De repente é porque a gente começa a enxergar o fato em questão de forma mais racional e menos emotiva. O ser humano, pelo menos na sua maioria, tende a agir no impulso e com isso, muitas vezes, não toma uma atitude muito inteligente, ou então, que possa trazer-lhe arrependimento mais tarde. A vida é assim. Num dia a gente tem certeza que quer uma coisa, no outro já não tem muita e num eventual terceiro já esquece daquilo. Por isso, antes de tomar qualquer atitude é preciso uma reflexão muito precisa, muito segura, para evitar transtornos posteriores. Entretanto, meus caros e minhas caras, isso não quer dizer que a gente não deva arriscar em certos momentos. Cada um sabe o que é melhor para si e ainda, é o dono do seu destino. O arrependimento, porém, não deve ser tratado como um demérito e sim como uma oportunidade. De começar de novo e tentar acertar.
Não é de hoje que venho tratando do meu desestímulo quanto à política. Mesmo assim sempre mantive a minha posição político-partidária intacta. Só que de uns tempos para cá comecei a rever isso. Não decidi mudar de ideologia, simplesmente, porque não há mais ideologia em partido algum neste nosso país. Hoje há interesse e não mais ideologia. A minha ideologia sempre manter-se-á intacta, agora, bandeira de partido político algum eu não levanto mais. Neste segmento, recordo-me quando ao completar dezesseis anos dirigi-me ao Cartório Eleitoral de São Francisco de Paula. De posse do título de leitor, pairava em meu pensamento ser aquilo uma arma para transformar a minha cidade num lugar realmente próspero e bom de se viver. Logo na primeira eleição este sentimento foi renovado pelo resultado. Senti-me útil. Aí veio mais um ou dois processos eleitorais e constatei que o que eu pensava era apenas um “sonho de uma noite de verão”. As coisas são mais complexas. A realidade é tão mais cruel. As pessoas tem interesses particulares como ponto de partida, estes, muitas vezes escusos, inclusive. Não fui votar na última eleição, justifiquei. Estou providenciando a transferência do meu título para Novo Hamburgo. São Chico é a cidade do meu coração, amo aquela terra, mas é em Novo Hamburgo que decidi viver e é aqui que devo depositar meu voto.
Por algum tempo eu conduzi minha faculdade sem muito interesse. Privilegiava tudo frente aos meus estudos. Hoje me arrependo profundamente. Minhas atitudes de outrora estão me penalizando hoje. Sempre imaginei que a minha carreira profissional fosse em outro segmento e acho que aos poucos estou acordando do meu sonho. Não sei. De qualquer forma, independente da carreira que eu venha a seguir, se exclusiva ou não, o fato de eu estar repensando a minha vida é algo importante. Desistir não é sinônimo de fugir da peleia, mas sim, de dar enfoque a guerra. Quando as coisas deixam de ser prazerosas e passam a ser motivo de irritação e desentendimento, é hora de repensar. O que vai acontecer no dia de amanhã eu não sei. Só sei que o juízo de valores a que eu me proponho, continuará o mesmo, minha essência tradicionalista também, o meu pensamento, meu posicionamento e o meu canto. A minha voz jamais se calará, e as palavras deste blog seguirão por aqui. Não abandono uma peleia, salvo, quando a retirada for estratégica em prol da vitória que está me esperando ali na frente. Segue o baile na base da voz do Campeiro.
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Peço desculpas pela breve ausência.
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Abraço e boa semana e todos.

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