segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Os que morrem pela boca

Quando era guri chamavam de “andaço”. Já em Novo Hamburgo o nome era “virose” e agora, a condição ganhou as páginas de jornal como “gastroenterite”. Bom, o nome não faz diferença, mas sim, as conseqüências, um tanto quanto – pouco agradáveis.O certo é que diz o jornal eu o problema todo se dá em função de má alimentação e falta de higiene, principalmente nesta época do ano. Não posso nem dizer o porque do motivo em que assim me encontro, afinal, antes mesmo de dirigir-me ao litoral eu já estava um pouco debilitado. Quanto a falta de higiene, só pode ser a dos outros, os que preparam alimentos e vendem para nós, até porque sou extremamente cuidadoso quando o assunto é “exterminar” germes e bactérias. A má alimentação, bem, pode estar atrelada também a forma como a comida chega até nós, entretanto, especificamente, me obrigo a fazer uma “mea culpa”.
Ando bastante desleixado no tocante a cuidados com alimentação. Ando comendo mal e não me apegando muito aos locais de consumo. Claro, não vou dizer que como em qualquer biongo; claro que não, mas a aparência externa já tem sido bastante atrativa. Fora isso, minhas eternas manias de gostar de coisas politicamente duvidosas, como pastel de rodoviária e maionese de festa. Por falar nisso, a maionese da festa em Cazuza tava ótima (risos). Como gosto de comidas caseiras, tendo a prestigiar restaurantes pequenos, com cara de comida feita pela vó, entendem? Mas como, geralmente, a comida de longe lembra a da vó, tenho tido bastantes contratempos. Ademais, nessa época de férias, verão, calor, a tendência é de consumirmos alimentos tipo petiscos: batata frita, porção de frituras, tábua de frios e carnes. Aí convenhamos NE, se restaurantes já condicionam seus estoques de comida de forma bastante frágil, imagina os bares e lanchonetes.
Dia desses, uma lanchonete de Porto Alegre, nova no ramo, e que dá nomes tradicionais aos seus lanches, fora interditada depois que mais de duzentos (é esse o número mesmo – 200) clientes foram intoxicados pela bactéria salmonela. Suspeitou-se, inicialmente, da carne e dos ovos utilizados, haja vista suposta falta de procedência dos produtos. Tal condição, contudo, ainda não fora totalmente esclarecida e a lanchonete fora reaberta no início deste mês. Confesso-lhes que no início do ano eu quase fui lá, de curioso, experimentar os “lanches gaudérios”. Por tudo isso, têm-se que o velho andaço, virose ou gastroenterite, como se tem dito, permanecerão em pauta a cada novo verão. Está intrínseco no ser humano o exagero alimentar e o consumo em locais pouco sugestivos. Portanto, facilmente se constata de que, em uma análise bastante objetiva, não é só o peixe que morre pela boca. E quando não morre, passa bastante tempo no banheiro (risos).

Abraço e boa semana a todos.

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