sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

A filosofia dos sentimentos

Eis aqui um cidadão que aprendeu a gostar do mar. Ou melhor, na realidade, do mar eu sempre gostei, o que nunca me atraiu muito foi a praia em si. Mudei de idéia e acho que até já falei disso. As pessoas mudam, evoluem, passam a pensar diferente com o tempo, enfim, coisas da vida. Aliás, diga-se de passagem, expressão bastante usada por mim neste novo ano, esta da frase anterior. Como eu ia dizendo, as pessoas mudam com o andejar dos dias e o passar das horas. No mundo atual, uma hora já é o suficiente para alterarmos tudo em nossa vida. Mas isso é detalhe. Voltando novamente, todos por aqui conhecem a minha ligação forte com São Chico de Paula. Amo a minha terra e estufo o peito pra cantar a minha gente. No entanto, escolhi Novo Hamburgo pra dar prosseguimento a minha vida. Gosto daqui e aqui é o meu lugar.
A minha preferência pela serra, aí, resta bastante esclarecida com o reforço das minhas origens. Eu sou fruto dos campos dobrados da serra, onde o ar é mais puro e os verdes destes campos são mais verdes. Com o perdão das redundâncias. Me criei no pago serrano e a praia era apenas um divertimento de alguns dias em um curto espaço de tempo. No más, era São Chico e pronto. Não deixei de gostar da serra nem passei a retrucar a preferência. Aprendi, sim, foi a ver a praia com outros olhos. Se o pago serrano tem o velho e buenacho minuano, a praia tem aquela brisa com cheiro de mar que é capaz de aternurar até o índio mais esgualepado. Até mesmo o tão criticado nordestão tem suas qualidades. E por aí vai.
Por fim, recordo-me que dia desses escrevi um texto falando sobre a casa de praia. No ano que passou, creio. Lembrando deste, pode-se parecer até que estou fazendo aqui uma repetição, requentando assunto; o que não procede. Na verdade, trato agora de uma questão sentimental. Da evolução de minha vida que passou a considerar a praia tal como a serra, assim como São Chico e “Nóia City”. Nesta vida que é guapa, porém que não dura muito, às escolhas só devem ser tomadas em prol de algo específico, quando as opções são contraditórias. Quem disse que não posso conviver com o minuano e a brisa do mar? Ao mesmo tempo parece difícil, logicamente, mas a convivência existe.
Assim, nos tempos de hoje em dia, com o calor que faz lá fora e o cansaço que já me atinge, momentos para juntar os cacos do corpo e reagrupar as idéias da alma são fundamentais. Por isso que na próxima semana eu parto para esse retiro de reencontro. (Risos) Nada como um bom toque de filosofia, quase que barata, para se anunciar que se está saindo de férias. Diria folga, na verdade. Sei que o minuano me espera e a brisa do mar então... Nem se fala!

Forte abraço e bom final de semana a todos. Até a próxima sexta-feira.

Nenhum comentário: