No verão de 2010, participei
de fiscalização conjunta a casas noturnas (boates e etc.), isso numa parceria
do Crea-RS, Corpo de Bombeiros e Brigada Militar. Nossa participação era bem
menos importante, eis que cabia aos Bombeiros determinar e estipular as condições
de segurança, enquanto elencávamos as empresas responsáveis pela recarga de
extintores e manutenção de instalações de emergência. Agora, e vos escrevo
ainda no domingo, acordei com a trágica notícia do incêndio em uma boate em
Santa Maria, o qual – até o momento em que vos escrevo – já havia ceifado a
vida de cerca de 233 pessoas (sim, duzentas e trinta e três!) e deixado mais de
100 feridos. Segundo a Zero Hora, é a maior tragédia da história do Rio Grande
do Sul!
Não, não é hora de caça as
bruxas, tentando encontrar culpados (mas impossível deixar de mencionar a falta de segurança: inexistência de saídas de emergência e extintores que não funcionaram). Informações preliminares dão conta de que integrante
de uma das bandas que se apresentou no local acendeu um sinalizador, que gerou
um incêndio na espuma acústica do teto da boate Kiss. A partir daí, certamente,
deve ter havido um pânico geral; que se agravou em virtude da existência de
APENAS UMA saída (a mesma da entrada). Não sou médico, mas imagino que a
maioria das pessoas foram vitimadas pela fumaça preta, originária da espuma.
Tchê, estou mesmo bastante
abalado. A gente se acostuma a ver e ouvir acontecer estas coisas nos outros
países, nos outros lugares, e não imagina que isso possa acontecer por aqui,
com os nosso patrícios. Tento imaginar (mas não consigo) como estão os
familiares destas vítimas, o desespero e o estado de tristeza de Santa Maria,
que se espalha para todo o Rio Grande e Brasil.
Que o Patrão Velho possa dar
conforto para os familiares, amigos e para alma destas vítimas. E que possamos
evitar tais ocorrências fatais e trágicas como esta.
Peço-lhes desculpas por alguma informação errada que aqui possa ter dado.
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