segunda-feira, 17 de março de 2014

A verdade nua e crua - editado

A pressa é, definitivamente, a inimiga da perfeição. O bom de tudo isso, é que aprendo de uma vez por todas a não mais transcrever coisas que não foram escritas por mim mesmo ou pelos colaboradores deste blogue. A verdade nua e crua é que tal entrevista tem grandes chances de não ser verdadeira, mesmo que tudo que estava ali escrito seja bem real, ou seja, represente algo bem próximo da realidade brasileira. Mas, enfim, texto editado e entrevista suprimida, diante da vulnerabilidade da fonte.

De qualquer sorte, aproveito o questionamento do meu amigo Antônio e de muitas outras pessoas, acerca da relação de um advogado com fatos reprimidos pela sociedade, como o crime, por exemplo, para traçar algumas (breves) linhas. Até porque, esse não é o espaço ideal para aprofundamento de tal discussão.

Muitas vezes as pessoas acham que o advogado (principalmente o criminalista) é desagasalhado de capacidade moral, ou seja, que não tem pudor de "defender bandido". Eu não defendo bandido ou a impunidade! Eu defendo o direito, a constituição e a leitura correta das leis existentes em nosso país.

Muito me preocupa o andamento pré, durante e pós processual no nosso país. Tenho para comigo que temos muito mais chances hoje em dia de condenar um inocente a absolver um culpado. A balança da justiça (e a nossa constituição) determinam que a inclinação deve ser sempre para o lado mais fraco, ou seja, na dúvida, que se absolva o réu. Na prática creio que isso não esteja ocorrendo.

Fossemos um país sério, não influenciado pela mídia (que absolve e condena quem bem entende), talvez muitos advogados, deveras, tivessem o tal pudor que a sociedade "exige" da classe. Entretanto, diante da realidade que se apresenta, tenho certeza que a grande maioria dos advogados deste país pensa como eu: melhor deitar a cabeça no travesseiro depois de absolver um culpado, do que tentar dormir após ver um inocente ir para a cadeia.  

Por outro lado, tivesse os advogados o tal "pudor" acima referido, não deveriam ser advogados. É dever dos bacharéis ter coragem de ir para o enfrentamento em defesa de seus clientes dentro, é claro, dos limites éticos que a profissão nos exige e determina.


Em suma, é a verdade nua e crua. Pelo menos é a minha.

Boa semana a todos.

2 comentários:

Antônio Dutra Jr. disse...

Forte... a minha curiosidade, da qual gostaria muito de saber tua resposta, é a seguinte: como se sente um advogado, que supostamente entende mais de leis do que eu, um leigo, se sente lendo isso? Também seria interessante saber o parecer do Rodrigo a respeito (ainda mais agora que partiu para Houston). Há perspectiva?

Abraço!

Antônio Dutra Jr. disse...

Cara, dei uma pesquisada e muitos blogs e sites dão conta de que essa entrevista é uma invenção do Arnaldo Jabor... checaste a fonte antes de postar?