sexta-feira, 14 de março de 2014

O que se perdeu pela estrada

Ontem, tive uma breve conversa com meu primo e amigo Antônio, parceiro do Blog Que Momento! Nos encontramos num evento festivo. Ao menos isso! Enquanto for em festa tudo bem. Por algum tempo, no passado, tínhamos uma relação mais aproximada, afinal, em algum baile na Várzea do Cedro dividimos o transporte. Grandes noites aquelas. Outras, nem tanto. Lembro-me dum baile no CTG Rodeio Serrano em São Chico (a que deram o nome de "Planeta Tchê") que culminou numa pancadaria bonita de se ver; também certa feita numa festa em Tainhas... Bueno, nossa conversa de ontem foi rápida, porém produtiva. Em verdade, a vida vai nos direcionando para outros caminho e, muitas vezes contra a vontade, tomamos rumos opostos.

Muito disso eu coloco como culpada a faculdade. Admito que de 2012 para cá abdiquei de uma vida social mais ativa em prol da conclusão da  minha graduação. Não me arrependo, é claro. O difícil, entretanto, tem sido acostumar com a volta a rotina. Confesso-lhes que por muitas vezes, me pego em casa em noites de puro marasmos, de alguém que ainda não se acostumou que a rotina de ir toda noite para a universidade para assistir a aula já acabou. É preciso seguir em frente.

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Aos poucos, todavia, tenho aprendido a retomar às minhas relações, tão abrangentes que sempre foram. Por exemplo, dia desses quando me dei por conta já estava em meio a uma cantoria, lá na Lomba Grande tendo, inclusive, me arriscado a cantar uma ou duas marcas. Deu para matar a saudade quer de cantar ou mesmo duma bóia campeira de sustância. Desde que parei de tocar baile, nunca mais tinha encarado uma janta de fundamento como aquela. Oh coisa boa!

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Enfim, nobres leitores e leitoras, se algum de vocês tem alguma reclamação para com este que voz escreve, achando que tá faltando alguma coisa por aqui, por favor, não deixe de opinar. Disponibilizo, inclusive, o novo contato deste blogue: blogdocampeiro@gmail.com

Que façamos daqui um muro de lamentações mesmo, fins de trazer o que de bom se perdeu pela estrada de volta.

No tocante ao relacionamento com os velhos e bons amigos, já estou tratando de recuperar o tempo perdido, ainda que de forma acanhada, confesso. 

São as novas responsabilidades que surgem. Pois não é que meu amigo Antônio anda recusando até mesmo baile do Porca Véia (ou grupo Cordiona, que seja)? Faz bem! Já demonstra antes mesmo do(a) primogênito(a) nascer que é um bom pai.

Fraterno abraço ao Antônio e a Dani!

Bom final de semana a todos.

Um comentário:

Antônio Dutra Jr. disse...

Meu caro primo e amigo, é com tenro saudosismo que recordo os bons bailes que deram início à nossa amizade. Costumo dizer que o bom do mundo é que ele é redondo, e por isso dá voltas. Sendo assim, sempre sabemos na vida quem realmente tem valor, pois mesmo com os anos passando as pessoas especiais retornam ao nosso convívio e sempre trazem um sorriso sincero e acolhedor.

Quanto aos bailes do Porca, deixo de frequentar muito mais por mim do que pela criança, pois não conseguiria apenas assisti-lo tocar sem figurar aquelas marcas tão bem interpretadas pelo velho Élio de guerra, que na minha opinião é o melhor e mais autêntico gaiteiro, animador de bailes e cujo tranco é o melhor de se dançar no Rio Grande inteiro!

Abraço!