terça-feira, 22 de abril de 2014

Uma nova descoberta

Hoje, dia 22 de abril, completa-se 514 anos do "descobrimento" do Brasil. Como as controvérsias acerca do verdadeiro "descobridor" e da verdadeira data da "descoberta" já não mais permeiam o debate dos historiadores, ficamos com esta data mesmo. É de se comemorar? Não sei. Curto e grosso, muitas vezes nesta curta passagem de minha vida fiquei com a impressão de que ainda sequer descobrimos este país de verdade. Aliás, a cada dia que passa descobrimos mais podridão, o que por um lado causa repulsa e por outro o sentimento de que este país é realmente do cara(*), pois mesmo sendo sugado do jeito que está segue firme, como palanque em banhado. Ou será que não?

Não é de hoje que o próprio governo atual nos dá demonstrações que a situação econômica do país está fora de controle. Gastos excessivos com a máquina pública (é o cabidão...) e com programas sociais de eficácia duvidosa podem nos levar a ruína. Afora o infortúnio à Petrobrás... O que ninguém fala é que se tem carro demais nas ruas e muita gente ainda comprando veículo zero quilômetro sem saber como vai  pagar a conta (e sem estradas compatíveis também!). O tal do Minha Casa, Minha Vida, por um bom período, deu e emprestou dinheiro para todo qualquer que bateu a porta da CEF, mesmo que não tivesse qualquer condição de assumir um financiamento de 30 anos. Pergunto-lhes: é possível imaginar o que ocorrerá ao longo desses 30 anos? Hoje em dia planejar 30 dias já é bastante complicado.

Pois os primeiros sinais de que a coisa não anda boa figura nos jornais de grande circulação. A CEF já está levando à praça pública alguns imóveis do dito programa social habitacional. A questão é que o governo muito se preocupou com a classe pobre deste país e se esqueceu da média, aquela que, em verdade, sempre sustentou a máquina toda. Não critico os programas sociais. Só quem já passou necessidade sabe o qual o valor da ajuda do governo, contudo, não se pode sacrificar um em detrimento do outro. A sua proporção, é preciso tratar de forma desigual os desiguais, mas proporcionalmente, com o perdão da redundância.

Tal como tudo na vida, o governo que aí está sofre o desgaste natural de quase 12 anos de mandato. Não vejo ser salutar para um país como o nosso, que está longe de ser "descoberto", que um mesmo partido permaneça tanto tempo no poder. É a fadiga dos metais. Não posso crer que um país que se preocupa com a inflação possa permitir um aumento de 30% na conta de energia elétrica. Mais uma vez será a classe média que deverá pagar a conta e empurrar a carroça. Lembrem-se que até mesmo o burro um dia cansa de fazer força e aí desiste da jornada. Como ficará a coisa daí?

Por tudo isso não volto na atual presidente. Também não voto no principal candidato da oposição e tampouco no que está surgindo agora como oposição e que até poucos dias atrás era governo. Não consigo entender bem estas coisas. Fui demovido, pelo amigo Rodrigo de Bem Nunes, de votar no candidato da extrema esquerda; mesmo estando o mesmo defendendo a bandeira da educação. Votar em quem então? Alguém se habilita a ser desbravador para descobrir um novo país? Por que é isso que estamos precisando: uma nova descoberta...

Abraço a todos.

2 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns Bruno pelos brilhantes texto, eu e Aristeu lemos sempre. Tuas colocações deixam sempre o t
exto atraente. Abraços Marindia

Anônimo disse...

TEXTOS* Digo