sexta-feira, 20 de junho de 2014

Saudade do velho poncho

O despertar da aurora numa gélida manhã de (quase) inverno, faz - ao menos por ora - chegar a conclusão de que o frio parece estar chegando pronto para tomar conta do seu espaço. A minha relação com o inverno, que outrora já fora de perseverança, hoje trilha um caminho um tanto quanto tênue, pois já não vejo com a mesma alegria a chegada da estação fria, muito embora, inalterados permaneçam muitos dos argumentos que até pouco tempo utilizava para enaltecer minha predileção. Por exemplo, sigo com a certeza que no inverno as pessoas se vestem melhor e não há o risco de uma simples caminhada significar a necessidade de ter de tomar um banho ou de trocar a camisa encharcada pelo suor.

O problema nosso é a umidade. Não basta ser frio, tem de ser frio e úmido. Cousa de louco tchê! De qualquer sorte, ainda assim, não troco este nosso Rio Grande véio por nada. Ahhh saudade do meu poncho velho...

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Pois me 'alembro' de ter tocado alguns bailes em umas noites em que o cusco já nem rengueava mais, por falta de coragem. Duas dessas foram no ano de 2008; uma na gloriosa Cazuza Ferreira, maior distrito de São Chico - onde em meio do baile pingava água pelo zinco, numa noite sem chuva, mas com muita geada; a segunda em Sapiranga, num fandango de fundamento animado no CTG Desgarrados da Querência. Ainda teve uma noite gelada, com o carro tapado de branco ao final do baile, experimentada em Estância Velha, na antiga sede do CTG Gaudérios da Saudade. O ano acho que era 2009.

De lá para cá, as noites parecem ter sido mais amenas. Talvez pelo calor humano da gauchada.

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Não é muito comum ver geada em Novo Hamburgo, (geralmente) cidade de temperaturas mais quentes. Hoje pela manhã, todavia, tendo a achar que a geada pegou. Digo "tendo" pois, embora tenha acordado cedo (como de costume), só tive "coragem" (hehehe) de abrir a janela por volta de 8h, quando já estava prestes a sair de casa. Mas ainda sim vi o branco sobre o verde do terreno vizinho.

Em suma, se é chegado o inverno, cada vez mais comum situações como esta. Então, é muito mate e pinhão assado para enfrentar madrugadas frias; e claro: o velho poncho serrano, parceiro de convivência.

Abraço e bom feriado a todos.

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