segunda-feira, 21 de julho de 2014

O símbolo democrático

Não é de hoje que vislumbro que os cidadão deste país não dão muita bola para eleições de cunho presidencial, que também elegem governadores e, o principal, àqueles que são os responsáveis por nos representar perante o Estado brasileiro como um todo. Tá certo que o advento da Copa do Mundo de futebol, desta vez realizada em solo tupiniquim, contribui para a timidez de uma campanha eleitoral que deve ganhar força mesmo com o aparecimento de mais um símbolo democrático e de liberdade de expressão do país, tal qual a "Voz do Brasil" - no rádio, que é o horário eleitoral gratuito. Aí as pessoas, na marra, terão de assimilar que já se passaram quatro anos da última eleição, embora na prática sequer tenhamos visto alguma benesse governamental. Isso aliás, independente do partido que manda, é a realidade brasileira desde que nos conhecemos por gente, creio eu.

Meu culpo por não dar tanta atenção para este tipo de eleições. A população dá mais valor para o pleito municipal, diante da proximidade do duelo, e esquece que de nada adiantará ter uma prefeitura bem administrada se o estado e o país não andarem no mesmo caminho. Todavia, no embate deste ano, particularmente, não há como se motivar, ante a simples análise dos nomes que se propuseram à candidatura. Não se vê, novamente opinião construída por este que vos escreve, no horizonte, algo que nos traga esperança de que dias melhores virão. Em verdade vos digo: é tudo mais do mesmo, pois só muda a cor da bandeira.

Daí é que me penitencio ainda mais. Cheguei a cogitar o voto "em branco"; felizmente, um devaneio momentâneo e já passageiro. Como esperar que as coisas tomem um rumo diferente? Diria que com deputados e senadores melhores, com mais vós ativa e sentimento ligado estritamente às necessidades do povo. Mas daí, sigo-lhes perguntando: adianta termos uma boa bancada gaúcha, quem sabe em mesma condição as do sudeste, se do norte e nordeste, salvo exceções, vêm o que provavelmente temos de pior?

Dessa forma, revive todo aquele ceticismo dentro de mim, que por tantos anos eu tratei de exacerbar por aqui e, duns dois anos para cá, tentei sufocar em nome da esperança e da fé. Não nos outros, mas em mim mesmo. Cogitei que se eu fizesse o certo e buscasse o que almejo o mundo acabaria ficando mais florido ao meu redor. De certa forma, não errei meu prognóstico, eis que minhas vitórias são frutos do bem que fiz a mim mesmo, contudo, chegamos a um ponto onde o caminho a pé fica quase impossível, mas a condução que deveria nos apanhar nunca chega e quando finalmente vêm, está tão lotada que nem dá para embarcar.

É esse o momento em que a esperança vira desalento e a fé vira procrastinação e raiva. Quem sabe o nobre horário eleitoral gratuito (e obrigatório), simbolo democrático - repisa-se, faça acender uma luz no final do túnel. Se bem que vindo da classe política, capaz dessa luz ser o popular "gato". Como dizia o saudoso radialista esportivo Cláudio Quintana Cabral, oremos!

Abraço a todos e uma boa semana.

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