Digo sem medo e sem vergonha: Aécio
é um bom candidato, educado, experiente, consistente com a realidade e com seu
passado. Tem seus defeitos, longe de ser perfeito que perfeição não existe, mas
ainda assim, um bom candidato. Por isso fico me perguntando: como o mais razoável
dos candidatos não é o favorito para ganhar a eleição brasileira? Ao perder
noites de sono com este assunto, creio que cheguei à conclusão.
O postulante ao cargo máximo da
República deve saber vender sonhos. Não falo de promessas descabidas, mas
daquela pinta de “escolhido” pelo poder celestial que um povo sincretista, como
o brasileiro adora. A Dilma tem isso com o Lula, a Marina tem isso com Eduardo
Campos. Eu, se fosse o Aécio, convocaria uma entrevista coletiva para hoje e
diria que teve um sonho em que o FHC voava em um unicórnio sobre um arco-íris.
Se isso não pegar bem, talvez deva tomar uma medida emergencial, ao menos:
arrancar o dente da frente. Um sorriso desdentado e sincero causa certa compaixão
no coração mais duro. Enfim, a certeza que fica é a de que continuar se colocando
como candidato sério e bom mocinho não esta funcionando bem, e o segundo turno
esta ai.
Aliás, ao
vislumbrar um segundo turno no Brasil entre Dilma e Marina, vejo claramente os
4 pontos que fazem alguém ser eleito presidente nos trópicos: você tem de ser 1) Inarticulada,
para inspirar superação. 2) Feio que dói, para inspirar pena. 3) Socialista no
discurso, para monopolizar a virtude. 4) Capitalista na prática, pois todos gostam
de dinheiro. O problema é que alguns decidem ficar ricos trabalhando e
investindo. Outros decidem fazer parte da elite gritando palavras de ordem
contra a... elite. E funciona. Esta ai para provar Lula, seus tapetes egípcios
e os automóveis oficiais alocados para o transporte exclusivo de Michelle, sua
fox terrier de estimação.
Arranca o dente, Aécio!
Por Rodrigo de Bem Nunes, de Houston - Texas - EUA.
Um comentário:
Pra mim o Brasil tem três tempos: aFHC, dFHC, dPT.
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