terça-feira, 23 de setembro de 2008

Casa dos Gaúchos

Hoje é um dia de extremos. Primeiro, cheguei a conclusão de que não estava em condições de escrever nada para o blog. Depois, resolvi que iria contar as minhas desmazelas para todos, transformando-os em cúmplices do meu abatimento. Declinei felizmente da idéia, uma vez que concluí que vocês não tem nada a ver com os meus problemas. Além do mais, estamos numa época tão especial do nosso gauchismo, que seria muito individualismo da minha parte querer reclamar do lombo do cavalo. Um CAMPEIRO jamais se esconde embaixo do poncho numa peleia.
Como ainda não consegui reunir todo o material para mais uma edição do Curtas Gaudérias, vou sair falando a esmo dos bailes deste final de semana que passou, e sobre a importância da união das pessoas em prol do desenvolvimento de um Centro de Tradições Gaúchas, pois, afinal, um CTG não caminha sozinho. A participação igualitária de todos que se propõem a auxiliar no desenvolvimento da nossa tradição gaúcha é de suma importância.

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O início da programação da última sexta-feira estava marcado para cerca de vinte horas. A patronagem do CTG Garrão da Serra preparou uma bóia bem campeira para todos que estavam presentes no galpão, inclusive para o Grupo Fandangueiro que não se fez de rogado e se puxou na janta (hehehe). Por volta de vinte e duas horas mais trinta minutos começou a bailanta que se estendeu até a uma hora da madrugada de sábado.
No dia vinte de setembro, a data mais importante do nosso gauchismo, cheguei em Morro Reuter na mesma hora de sexta-feira, e a janta já estava sendo servida. Uma comida bem campeira e saborosa, assim como no dia anterior. Jantei rapidamente e as vinte e uma horas mais trinta minutos em ponto, é isso mesmo, vinte e uma horas mais trinta minutos em ponto, começamos o baile. Como frisou o vice patrão, meu amigo Vanderlei, foi se o tempo que baile começa as onze da noite e vai até as quatro da madrugada. E dê-lhe gaita gauchada. Uma hora depois demos uma breve para os festejos de encerramento da semana farroupilha de 2008, com a extinção da Chama Crioula.
Neste momento, o patrão Sr. Milton Bohn, fez questão de convocar todos os membros da patronagem para que se fizessem presentes no meio do salão e participassem da cerimônia de extinção da Chama. No ato, nós que estávamos de fora, vimos o quanto é importante a participação de todos para o desenvolvimento daquilo que desejamos. No CTG Garrão da Serra, uma grande equipe trabalha pelo seu desenvolvimento. Cada um responsável por uma parte da administração e todos pela manutenção da nossa tradição gaúcha. Isso numa terra de colonização alemã!!!Portanto, caros amigos, quando a gente faz a coisa com vontade e com amor, ela sai bem feita. Aqueles senhores e aquelas senhoras poderiam estar em suas casas, no aconchego dos seu lares, mas ao contrário disso, eles preferem dedicar seu tempo livre com o CTG, com a nossa tradição, com a nossa história. Afinal, a casa dos gaúchos, é o nosso segundo lar.
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Grande abraço a todos e uma boa semana.

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