segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Caminho do sucesso

Na última quinta-feira, durante meu deslocamento para a cidades de Canela e Gramado, via RS 115, notei que as lombadas eletrônicas presentes em tal rodovia estavam desligadas, mas não dei muita bola. No retorno de sexta-feira, novamente as lombadas em não funcionamento e aí sim, o fato me chamou a atenção. Vai ver é porque eu estava mais esperto na sexta-feira do que propriamente na quinta-feira, afinal, era mais um final de semana batendo a nossa porta. Mas enfim, o fato é que fiquei sabendo na manhã de hoje que o respectivo contrato entre o governo do estado e a empresa responsável pela manutenção manutenção destes equipamentos venceu, e um novo processo licitatório deve ser realizado afim de manter a legalidade exigida pela lei nº 8.666/93, a popular lei das licitações. Pesquei a notícia por cima, mas parece-me que alguns radares, os populares pardais, também estariam inutilizados devido a mesma condição. Na eminência de mais uma temporada de férias, litoral e etc., acabo me perguntando: Qual a consequência disto? Se atentar-mo-nos para a questão da segurança em nossas estradas, creio ser problemático o fato de termos este recurso indisponível, contudo, não sei dizer se o objetivo principal dos nossos governantes, frente a este recurso, seja a preocupação com a nossa segurança ou, com o enriquecimento dos cofres públicos numa eventual indústria das multas.
Não quero aqui pregar a absolvição dos transgressores e, por que não, criminosos que andam por aí em alta velocidade aterrorizando os motoristas e transeuntes que dividem o espaço das estradas, rodovias e ruas. O que contesto, é o modo como é utilizado este recurso das lombadas e dos pardais. Vejamos a rodovia RS 239 como exemplo: no trecho entre Novo Hamburgo e Taquara, existem nada mais nada menos do que seis pardais e duas lombadas eletrônicas (nos dois sentidos) num trecho de cerca de cinquenta quilômetros. Sim, senhoras e senhores, num trecho de cerca de cinquenta quilômetros de extensão. O mais revoltoso de tudo isso, é que no município de Parobé há um pardal em que a velocidade máxima é de 50km/h e pasmem, junto a um semáforo. Para completar, neste semáforo há instalado o sistema chamado popularmente como gaetano ou caetano, o qual você condutor é multado caso venha passar o sinal já no amarelo, quem dirá no vermelho. Com este exemplo, como não pensar realmente na existência numa possível indústria das multas? Sou a favor da existência de controladores e redutores de velocidade, desde que estes estejam a nosso dispor como forma de ajudar e premiar os bons condutores e não, como forma de tampa furo do rombo das contas do estado. Torço que o Patrão Velho no ilumine, pois ando cansado de andar com a guaiaca sempre pelada.
Por fim, vou tratar da questão mais polêmica que surgiu na nossa aldeia na semana passada. Afinal, o Grêmio entregou ou não o jogo? Não entrarei no mérito, pois não costumo analisar jogos do adversário e muito menos torcer por ele. Há, contudo, uma lamentável rivalidade que transpassa os limites do campo de futebol e acaba transformando colorados e gremistas em uma espécie de adversários de guerra, uma peleia sem fim. Há algum tempo tenho evitado discussão com os torcedores do co-irmão por achar que este tipo de coisa não me leva a lugar algum. Contento-me e muito, em torcer pelo meu Internacional que apesar de tudo me dá muitas alegrias. Dor de cotovelo e desdém não nos leva a nada, a não ser, nos tornar pessoas ainda mais incompreensíveis. Há um momento em que devemos saber reconhecer a vitória do outro e usar isto como ponto de partida para buscarmos o nosso sucesso. E o meu sucesso, não depende de ninguém além de mim mesmo.
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Forte abraço e uma boa semana a todos.

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