terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Sentimento de natal

Hoje no início da manhã ao deslocar-me para o local em que me encontro neste momento, estava com o rádio sintonizado na Gaúcha e em um intervalo comercial eis que surgiu uma propaganda mais ou menos neste estilo: Para a Tramontina, o sentimento de natal é o ano todo. Em primeiro lugar, quero dizer que descrevo o nome das empresas aqui por livre espontânea vontade pois não tenho problema algum em divulgá-las. Em segundo, esclareço também, que não recebo nem um real para mencionar o nome de tais empresas, bem como até hoje não permiti propaganda no espaço deste blog que não tem nenhuma pretensão comercial. Mas voltamos ao assunto originário. Minha intenção desta vez não é tratar sobre algo vinculado na mídia, nem de argumentar sobre o conteúdo da propaganda feita pela empresa. O que chamou-me atenção foram três palavras: Sentimento de Natal. Aí está o verdadeiro sentido de tudo, de nossa vida mudar quando chegamos às proximidades do dia vinte e cindo de dezembro. O ser humano como pessoa única dentro dum contexto formador de sociedade é tomado, em sua maioria, por este sentimento que propicia torná-lo uma pessoa melhor, mais digna e humanitária, estendendo ao próximo tal façanha e fazendo com que toda a humanidade passe a ser um pouquinho melhor. O sentimento de natal esta aí, é um fato verídico e visível, mas será que ele só pode, ou só deve existir nesta época do ano?
Creio que o próprio informe comercial da Tramontina já diz tudo: o ano todo! Mas, afinal, porque não funciona o ano todo? Será que é porque as pessoas não têm dinheiro nos demais meses do ano? Ou é porque realmente a um fundo religioso presente nesta história toda? Dia vinte e cindo de dezembro é a data que se comemora o suposto nascimento de Jesus Cristo. Suposto, pois ninguém sabe se realmente existiu e se, caso tenha existido, nasceu realmente nesta data. Quem estuda história sabe muito bem que a história é contada pelo próprio homem e que por isso, está sujeita aos seus juízos de valores que nem sempre são dos mais corretos. Mas isso não é exclusivo da história religião no mundo ao longo dos tempos, acreditem. Aproveitando o gancho, ontem a noite escutando a mesma rádio, ouvi do tradicionalista e colorado Bagre Fagundes (entrevistado em face à polêmica gre-nal da vez) que o homem desde os seus primórdios é fadado a brageiragem e a corrupção. Tais elementos ínfimos estão presentes em todos nós desenvolvendo-se externamente, felizmente, numa pequena minoria que já sabemos muito bem quem são. Este é mais um questão histórica e polêmica a ser discutida, e como todo o bom debate, será interminável. Por favor, deixo bem claro que não chamei ninguém de corrupto e nem fiz analogia a isto. O foco é em cima da transcrição do pensamento do Bagre Fagundes, fazendo uma analogia a evolução humana ao longo dos tempos.
Não sei dizer se o sentimento de natal teria o mesmo valor se existisse durante o ano inteiro. Este sentimento está unido à magia e a fantasia de algo inexplicavelmente diferente, e só é bem quisto por todos porque é diferente. No natal podemos sonhar sem sermos chacotados, afinal, todos sonham. Queira Deus que este ano eu também seja tomado por este sentimento natalino e que eu possa sonhar, sonhar e sonhar também. Mas queira Deus que a partir do dia vinte e seis de dezembro eu possa ter maturidade suficiente para pelo menos tentar pôr em prática uma parte destes sonhos, sob pena, de ter sonhado em vão, ou então, de ver algum sonho meu virar mais um pesadelo.
Enfim, parece que chegamos ao verdadeiro mês do natal! E que momento!
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Abraço e boa sequência de semana.

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