segunda-feira, 29 de julho de 2013

O que virá pela frente?

Acabou a Copa das Confederações; os protestos já ninguém mais fala e o Papa, a esta hora, já deve estar de volta ao Vaticano, no primeiro mundo. O que será do Brasil daqui para a frente? Qual será a próxima atração a tomar conta do noticioso diário que virá uma "novela do mundo real"? As vezes, penso que o Brasil é tipo eu: me sinto órfão quando alguma coisa acaba assim, depois de ja ter virado uma rotina. Há aproximadamente um mês minhas aulas na faculdade acabaram. Desde lá, tenho me dividido entre algumas atividades pré formatura e ... reticências. Afora alguns dias em que me ocupei com coisas profissionais, já não sei bem o que fazer durante o período que estou em casa. Confesso, aliás, que já tenho ficado entediado em ter que vir para casa após as 18h, todo o dia.
Muitos me dizem que, logo, me acostumarei com o ócio. Isso é que me deixa tenso. Se minha faculdade terminou, não quer dizer que já me sinto um profissional totalmente pronto e que minha formação tenha acabado. Espero, quando $ permitir, voltar aos bancos universitários e continuar com a busca do conhecimento. Daí, dia desses, almoçando com meus pais, ouvi meu pai dizendo: "achei que agora tu voltava pros bailes". Naquele dia, aquilo não me fez pensar mais sobre o tema. Hoje, todavia, fez eu me dar conta que, de fato, minha carreira de músico sempre foi importante para o meu pai, em que pese ele nunca tenha explicitado isso. 
Então volto para os bailes? Muitos já me perguntaram isso. Vontade e oportunidade já surgiram muitas vezes. Mas, meu caros e minhas caras, eu não sei. Sim, a resposta é objetiva mesmo. Eu não sei. Bah, sinto uma saudade imensa dos fandangos pelo Rio Grande afora. Tenho me controlado para não fazer do chuveiro um palco. Mas, quase sempre, quando vejo me pego cantando, imaginando repertório, sonhando com a cordeona ao meu lado no palco. é uma vida dura e ao mesmo tempo espetacular a de músico.
Mas, e tem sempre um mas na vida da gente, escolhi uma área da advocacia que, ao menos nos primeiros anos, carece e merece dedicação plena. Inclusive em sábado e domingo. Logo, não é uma decisão fácil. Sou um homem com duas carreiras e um só caminho para seguir, a princípio. Isso quer dizer que a música ficará de lado? Não! Nunca! Eu perderia parte do sentido da minha vida. O que talvez eu tenha que ampliar é meu tempo fora dos bailes, mas da música, não.
Voltando ao nosso país, vejo que a dúvida é similar à minha: saberá o Brasil viver sem a sombra de algum conflito existencial? Ao longo dos nossos cinco séculos de história, sempre tivemos algum revés. Logo, sequer sabemos como é viver sem problemas. Como será quando tiver saúde, educação e habitação para todos? Não será, creio, nunca chegaremos a ser primeiro mundo. Não por falta de riqueza, mas sim, por falta de cultura para isso. Quem cresceu vendendo almoço para poder jantar, não saberá conviver com o mel sem se lambuzar.
O que virá pela frente?

A propósito, sabia que a liderança do meu time no campeonato era pouco lógica. A sorte é que eu, a algum tempo, me tornei alguém racional.

Abraço e boa semana a todos.

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