sexta-feira, 23 de maio de 2014

Eu vou de novo! E junto comigo uma gente boa...


O que parecia improvável, diante da minha conformação já inicialmente construída, está acontecendo. Depois de 3 (três) anos longe dos palcos, encontro-me já a tirar o pó da garganta e as pilchas do armário. Muito embora não seja afoito a divulgações prévias, o impacto das redes sociais me faz, meio que na marra, assumir que, na verdade, estou mesmo voltando aos palcos do Rio Grande, para cantar novamente as coisas da nossa terra e da nossa gente. E louco de faceiro, como deveria de ser! Como muito já bati aqui, a pessoa pode até (tentar) sair da música, mas a música nunca a abandona.

Não posso afirmar que fora uma decisão difícil, tampouco fácil. A verdade é que com o passar dos dias a gente vai se acomodando e aquilo que era uma rotina para mim, os bailes, passou a ser algo cada vez mais distantes. Reassumo a condição de músico atuante, todavia, convicto de que faço isso pelo amor à lida fandangueira e não pelo dinheiro; pela volta do convívio com o público e pela oportunidade de dividir o palco com amigos de verdade, pessoas que sabem o que querem e para onde vão. Que bateram em minha porta e demonstraram trazerem consigo juízos de valor, tal qual o caráter e a honestidade. E assim, num sentimento de sinceridade mútua, amparado no desejo de cair na estrada para levar a boa música campeira e nativa do Rio Grande, nasceu o grupo SOM DO PAMPA.

Comigo, velhos conhecidos da nossa música. Início com uma lenda dos bailes - o maior tocador de valsa que eu conheço - Airton de Lima e Silva, meu parceiro nos grupos Alma de Campo e Fandangueiro; na outra cordeona, Deinisson Morales - um guri ainda, mas com um talento nato. Como diria Luiz Carlos Borges, "guri que nasce gaiteiro, não manda no seu destino", e ele está de volta (esteve comigo também no velho Alma...); nas cordas um velho parceiro de Fandangueiro, o Carlos, um ser humano fora de série sempre bem disposto a contribuir, além dum músico experiente com passagem, entre outros, pelos grupos Chão Gaúcho e Fandangueiro; na bateria outro guri, mas que toca em quantia, credo! O jovem Guilherme mexe nas "panelas" como poucos e vêm escolado de participações nos grupos Tarca e Chão Gaúcho. Por fim, mas não menos importante, saúdo a estreia de Lucas Schneider na lida fandangueira. A sua falta de experiência, contudo, é suplantada pela competência musical, aliada a sua parceria que chega a ser inexplicável. O gaúcho é flor dos buenos e o Rio Grande ganha mais um Representante assim, com letra maiúscula!

Dessa forma, caros amigas e amigos, não poderia eu deixar de abraçar este projeto. Chego como um operário, disposto a ajudar e sabedor de minhas limitações; mas, repiso, louco de faceiro afinal, a sensação de poder cantar e tocar este nosso Rio Grande, não tem preço!

De agora em diante, mais do que nunca, enalteço a minha rubrica e essência, que conquistei e sigo conquistando por esto nosso Pago campo afora. Portanto, eu vou de novo e trago comigo uma gente buenacha uma barbaridade!

Dê-lhe Rio Grande, em canto e cordeona.

Forte abraço a todos,

Bruno "CAMPEIRO" Costa.

Nenhum comentário: