segunda-feira, 5 de maio de 2014

Brasil social?

O mês de maio se inicia com as comemorações ao dia do trabalhador, justa - por sinal, haja vista que a classe trabalhadora deste país vem carregando piano faz tempo, com pouquíssimo reconhecimento. Falo no tocante a salários mais dignos, bem como a carga horária de trabalho. Entretanto, é de se valorizar a nossa CLT, que assegura a classe trabalhadora direitos únicos, não vistos em boa parte do mundo, e que fazem bastante diferença no final das contas; cito, neste contexto, o 13º salário, cláusula pétrea da nossa Constituição Federal da República o que significa, que só pode ser suprimido se uma nova constituição for feita. Logo, estes e-mail toscos que você recebe seguidamente, de que deputados já aprovaram o fim do abono natalino, é uma idiotice sem precedentes. Portanto, não se deixe influenciar por estas tolices.

Em verdade, num país como o nosso, onde a balança sempre está inclinada para o lado mais forte, é de se enaltecer o fato de que a CLT trata os desiguais de forma desigual, ou seja, suprime a situação de inferioridade cristalina do empregado diante do empregador. Não é a legislação trabalhista que oprime o crescimento econômico do país, em razão do custo que o empresário tem, mas sim, a alta carga de impostos. Ademais, cumprisse o que determina a lei, o empresário, no fim das contas, teria mais vantagens; afinal, é o barato que sai caro, sempre!

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Ouvi dizer que a Presidente da República anunciou no dia do trabalhador um aumento no benefício do Bolsa Família. Digo que ouvi dizer, pois meu tempo é precioso demais para perder tempo assistindo estas demagogias baratas que todos os presidentes fazem; ademais, raramente assisto televisão e, quando o faço, não é a programação da tv aberta.
Inicialmente, não entendo qual a razão de no dia do trabalhador aumentar o bolsa família o que, pouco ou quase nada (o mais certo!) contribui com o trabalhador... Depois, estava vendo estes dias e cheguei a conclusão de que, só em imposto com a alimentação, o governo como um todo já recupera quase 30% desse valor dado. Considerando que estas pessoas devem (e tem este direito!) adquirir calçados, vestuário e alguma outra coisa importante para suas vidas, a metade do dinheiro doado deve voltar em forma de imposto.

Dizer o que então? Nem chamar este país de hipócrita eu tenho mais coragem. Para piorar, li em algum lugar que o governo vai reduzir o IPI dos carros de novo, para fomentar as vendas. E as estradas para comportar tanto carro? Meu Deus!

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De qualquer sorte, a ideia é passar a buscar subterfúgios capazes de atenuar este desalento com as coisas deste país, tentar viver da forma mais digna possível. Nem sempre é fácil, mas é preciso não deixar a peteca cair.

Feliz de mim que tem a música...

Abraço e boa semana a todos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Mais um texto brilhante, meu filho! Parabéns! Mãe