terça-feira, 28 de outubro de 2014

Maturidade

Entre mortos e feridos, aparentemente, salvaram-se todos; passados quase 48h do encerramento oficial das eleições 2014. O que achei do resultado? Confesso que não fiquei dos mais felizes, mas, nem por isso fui para o facebook xingar nordestino ou qualquer outro estado da nação, mesmo os patrícios. Em compensação, infelizmente, vi muito alienado falando bobagem por aí. Pessoas, que sequer sabem direito o que querem da vida ou o que representa as palavras fúteis que escreveram. Pessoas que nunca se importaram com a política do país e que agora, movidas por não sei qual sentimento, acharam-se no direito de criticar outras pessoas até mesmo com palavras de baixo calão. Acha uma baixaria o que o PT faz com o Brasil e escrevem baixaria para quem não tem nada a ver com isso?

Por favor!

No dia que estes pseudo entendedores realmente aprenderem sobre política, como se faz e o que ela representa, talvez o país tenha maturidade suficiente para crescer e, quem sabe, até mesmo transformar a corrupção em caso fortuito, tirando-a das entranhas da nossa história republicana, para não dizer da nossa existência. 

***

Aprendi com a política, muito embora não tenha a vivido tanto assim, que é preciso saber por que se ganha e, principalmente, por que se perde. Talvez, mora aí as derrotas de Aécio Neves e de Tarso Genro. Suas estruturas de campanha não souberam fazer a leitura correta da real necessidade da sociedade, transmitindo a solução (ou o caminho) para o povo.

Não foi o Nordeste, Minas Gerais ou o Rio de Janeiro que tiraram a vitória do candidato presidenciável tucano. A meu ver, e talvez isso não signifique muito para a grande maioria, foram as abstenções o fiel da balança. Tá certo que era obrigação de Aécio Neves vencer em seu estado natal, mas, convencer os eleitores a deixarem seus domicílios para cumprirem o dever de cidadãos talvez tenha sido o principal pecado dos perdedores.

Quanto a derrota de Tarso, confesso-lhes que não entendi bem o extensão do recado das urnas. Se o atual governo não é brilhante, também não é o mais desastroso. Não para tamanha diferença nas urnas. Também me parece que Sartori haverá de fazer uma reflexão do porquê venceu o pleito. Não foi pelas propostas, eis que até agora não sei de nenhuma. Pelo seu jeito simples? Pelo perfil do eleitor gaúcho, não parece ser o tipo de voto, este. Pela mudança? Quer mais proposta de mudança que fora Yeda? O resultado....

Concluo que o gaúcho, em verdade, está procurando a cada nova eleição o candidato perfeito, aquele que fará o estado voltar a pujança de outrora. Pois ouso dizer hoje que o povo cairá do cavalo mais uma vez e Sartori não terá competência para reeleger-se ao final do mandato. Não há milagre que nos leve algum lugar menos sombrio que o atual, infelizmente.

Em suma, espero eu que o povo brasileiro, os mais felizes, os exaltados, os raivosos, os mal educados, os vencedores, os perdedores, enfim, a nossa sociedade, saiba que é preciso canalizar todo este intento político para o bem do país e do Rio Grande e que, esta "gana" toda, não se encerre nos últimos minutos deste ano que já caminha para o seu fim, embalados pelo clássico jingle "adeus ano velho, feliz ano novo...".

Abraço a todos.

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