segunda-feira, 27 de abril de 2015

Institucionalizado.

Em meio ao feriado de Tiradentes (que não é uma homenagem à profissão de dentista, mas sim à luta pela república brasileira) fora divulgado um aumento (em reais - óbvio) do fundo partidário que, em rasa definição, serve para sustentar esta picaretagem toda. Este é o caixa um. O dois eu nem preciso dizer de onde vêm, concordam? Segundo matéria da Folha de São Paulo, salvo engano, se acabássemos com isso e distribuíssemos o dinheiro ao povo o salário mínimo brasileiro seria algo de encher os olhos. Não vi, contudo, muitas manifestações criticando tal circunstância. Esta é a hora que situação e oposição ficam quietinhas e não dão um pio. Nem sei se os partidos ditos de esquerda levantaram bandeira contra. É simples: é assim que funciona o sistema. 

Não raro ouço falar que um dos pilares da reforma política é o financiamento público de campanha. Mas isso já existe! De forma direta, com este nefasto fundo partidário que ninguém sabe para que serve, afinal, qual o argumento plausível para a existência dos partidos? De forma indireta, é preciso que se diga que as empresas que doam para as campanhas eleitorais, de um forma ou de outra, acabam deduzindo estas "doações" no imposto de renda.

Fácil fazer caridade assim, não acham?

Ademais, já ouviram falar em emenda parlamentar?

Este fundo partidário é um deboche com o povo brasileiro. Financiamento público de campanha é um deboche com o povo brasileiro. Imaginem nós, o povo que tem que sustentar tudo isso, ainda ter de pagar para os políticos irem nos enganar na televisão e no rádio. É o fim!

É por estas falcatruas que os movimentos que querem a volta dos militares ao poder se criam. É muita roubalheira institucionalizada.

Hoje acordei azedo. Não gostou do que escrevi? Pode contrapor que aqui será publicado, pois é assim que funciona uma democracia. Agora, me venha com argumentos e não com chororô partidário. Aqui se respeita a inteligência do leitor!

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O governo de José Ivo Sartori é reflexo daquilo que foi sua campanha. Ou seja, monótono e sem sal. Mas me agradou a ideia de não pagar a União. Só acho que a insurgência deve ter o respaldo do poder judiciário. Isso me faz lembrar uma Revolução que surgiu no século retrasado. Naquela época era em função do preço do charque.

Gaúcho que é gaúcho não se abaixa para mandos e desmandos de ninguém. Tá na hora de ter culhão.

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Comemorar primeiro de maio com redução de direitos trabalhistas é só para os fortes. Ou para os corajosos que gostam de se enganar com estes shows vagabundos bancados por sindicatos.

To dizendo, é tudo institucional nesse país. 

Cousa de loco chê!

Boa semana a todos.

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