terça-feira, 24 de novembro de 2015

Brasil, a novela.

Minha relação com a política vem de berço, afinal, toda a família é envolvida com a "arte" social, há bastante tempo. Eu mesmo, me lembro dum envolvimento na eleição municipal de 1992, bem guri, quando meu pai coordenou a campanha do então candidato eleito em São Francisco de Paula; depois, da eleição de 1996, também municipal. Me envolvi diretamente, mesmo, a partir de 1998. Nunca fui filiado a partido algum, todavia. 

Não será sobre a minha história (ou a falta de) com a política que escreverei hoje. Mas sobre supostos eventos que aconteciam no tempo em que o voto era em cédula de papel, isso em São Chico e provavelmente no interior desse Brasil gigante; tudo para ilustrar temas da realidade.

Pois certa feita alguém me contou que quando o voto era de papel, ficava alguém escondido no forro das seções eleitorais, espiando por um pequeno orifício em quem o eleitor (já previamente acertado com alguém no lado de fora) depositava o seu voto. Em votando de acordo com o "acerto" prévio, tudo bem; em não, caberia ao cidadão escondido "marcar" o "transgressor" com alguma coisa. Como isso? Despejava pelo mesmo orifício farinha, pó de giz ou mesmo serragem. Chegando na rua, o eleitor "marcado" sofria às consequências. Se é verdade? Não sei. Mas, se tratando de Brasil, tudo é possível.

Ilustrei esta pequena passagem para me referir a novidade de agora: terão as urnas eletrônicas de fornecer comprovante impresso da votação, para fins de auditoria e/ou recontagem de votos, posteriormente, Não poderá o eleitor levar consigo o comprovante. Segundo o G1, conforme a proposta de reforma aprovada pelo Congresso:

"a urna imprimirá um registro do voto, que deverá ser checado pelo eleitor. Só após esta checagem que será concluído o processo eletrônico de votação. Depois, o recibo será depositado automaticamente em local lacrado e ficará em poder da Justiça Eleitoral. O eleitor não poderá levar o documento para casa. O recibo também não deverá ter a identificação do eleitor".

Não sou daqueles que acha que a urna eletrônica é fraudada a cada novo pleito. Também não sou inocente ao ponto de achar que isso não é possível. A ideia de todo não é ruim, mas, reconheço que estamos em processo de involução nesse país. Tudo é moralmente incorreto hoje em dia. Por qualquer manifestação tu és tachado de preconceituoso, racista, machista e o diabo a quatro. Além de estar ficando caro demais viver neste país, está ficando chato, muito chato.

Quem vai pagar pelo voto impresso? Mas se é pela lisura do pleito, que mal tem?

Aguardamos por mais um novo capítulo desta novela chamada "Brasil".

Boa semana a todos.

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