terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Cinema, dublagem, castas e as bobagens.

Lançado em setembro de 2013, o filme O Tempo e o Vento, inspirado na obra do grande e imortal Érico Veríssimo, é película fundamental para os amantes da nossa história gaúcha. Obviamente, estive presente numa sala de cinema para assistir. Pois foi a minha última aparição diante da grande tela.

Muitos motivos podem ter influenciado no últimos tempos esta minha falta de interesse. Não vou adentrar muito no mérito do valor do ingresso ou no fato de que, só em bobagens (tipo: pipoca, refrigerante e outros), se gasta mais que o próprio valor do ingresso. Mas ouso dizer o principal, isso porque foi o que me fez desistir de assistir, já, a dois lançamentos deste ano corrente: a dublagem.

Definitivamente, detesto filme dublado. O mesmo vale para qualquer outro programa televisivo. Gosto do áudio original e das legendas, mas, o meu gosto parece não influenciar muito para o cinema que tem aqui em Novo Hamburgo (e também os da região). Só filmes dublados ou, se legendados, no último horário, por volta de 22h. Como já sou um pai de família e tenho compromissos no dia seguinte, tal horário se torna inviável. 

Denota-se, nesse sentido, que mesmo sendo um fã do Rocky Balboa, mas fã mesmo, a ponto de dar o nome dele para o meu cãozinho amado, refutei de assistir seu último filme, lançado agora no final de janeiro. Falam muito bem de "O Regresso" que deve, finalmente, garantir o Oscar de melhor ator a Leonardo di Caprio; pois também não irei assistir.

Li, dia desses, uma suposta pesquisa realizada pelo IBOPE, dando conta que as Classes C e D preferem programas e filmes dublados. Boa parte da B, ascendente da C, também tem a mesma predileção. Só a Classe A, a dos ricos, gosta de legendas. Olha, sequer sei hoje em dia de que classe sou, mas posso afirmar que não sou rico, tampouco estou perto disso, e não gosto de programas dublados. Isso não me parece fator predominante, convenhamos.
Verdade seja dita, daqui a pouco teremos uma divisão clara por aqui: as castas dos que assistem filmes dublados e as castas dos que assistem filmes legendados.

Pois não é mais fácil ofertar os dois produtos de forma igualitária?

Não tenho nada contra a dublagem. Dizem alguns, aliás, que a brasileira é a melhor do mundo. Não duvido. O brasileiro sempre dá um "jeitinho" pra tudo. Questão de gosto; e gosto não se discute.

Mas e O Tempo e o Vento não é em português? Sim, mas é em língua original, embora uma cena ou outra respingue um castelhano. Essa é a nossa história.

Adeus cinema, por hora. Bahh tchê, que falta fazem aquelas bobagens de vez em quando.

Abraço e boa semana a todos.

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