sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Da fumaça dos fogões de lenha

Hoje eu não tive problema quanto o assunto. Sei que é sexta-feira e que eu já falei que em sextas-feira devemos falar de coisas boas, alegres e que nos tragam motivação para o final de semana. Contudo, tem coisas que não podemos deixar passar, e tem assuntos que merecem nossa total consideração não importa o dia, a hora e o local onde estamos. Têm assuntos que são de utilidade pública, por isso, não importa como venha, mas sim, que venha.
Meu amigo, colega músico e companheiro de Grupo Fandangueiro, Mauro, está no hospital. Sofreu na madrugada de segunda-feira (20) para terça-feira (21), um infarto do miocárdio. Felizmente ele passa bem. Já foram tomadas as devidas providências e muito em breve ele estará nos palcos deste Rio Grande afora tocando juntamente conosco. Vocês devem estar se perguntando o intuito de eu estar falando isso? Vou ser direto, sem rodeios: o Mauro é fumante.
Se tem um negócio que eu tenho aversão profunda é o cigarro. O cheiro me repuna de tal forma, que até a pessoa que está fumando ganha minha antipatia. À primeira vista, se alguém surge com um cigarro, já ganha o meu desprezo. Depois, conhecendo melhor eu até tolero, mas não aceito. Poucos sabem, mas minha mãe já foi fumante. Acho que fumou, escondida, por quase dez anos. Aí um dia, aconteceu um episódio meio constrangedor entre ela e meu pai, que assim como eu tem ódio de cigarro, e ela parou por conta própria. Lá se vão uns doze anos deste episódio. Meu Deus, o tempo passa. Felizmente neste caso, hoje a coisa está muito melhor.
O que mais me perturba, é a dificuldade que eu tenho de entender o quê as pessoas acham de graça no simples ato de fumar. Botar um trocinho branco na boca, tocar fogo na outra ponta e ficar lá se defumando. Sim, porque como todos devem saber, quando a gente defuma uma carne de porco, por exemplo, a gente coloca ela sobre a fumaça. Claro que o procedimento não é tão simples assim, mas o contexto é este. Por isso, entendo que fumar nada mais é que um ato de defumação humana. A pessoa vai se dissecando por dentro aos poucos. E é isso minha gente, meu caros leitores, fãs e amigos que eu não entendo. Cadê a graça em tudo isso?
Antigamente, só se via nas budegas e nos bolichos do interior aqueles fumos em corda. Fedorentos uma barbaridade, mas pelo menos não causavam tanto mal a saúde dos fumantes e das pessoas que estão ao seu redor. O problema do cigarro se chama nicotina. Uma substância que dá prazer sim, mas vicia e transforma os fumantes em boi de canga das grandes fabricantes. Sim, eu disse boi de canga mesmo. O fumante nada mais é do que um instrumento pra puxar a carroça carregada de dinheiro da indústria do tabaco. Ele não se dá conta, mas é.
Como não tenho ido mais a bailes para dançar não tenho notado tanto, mas lembro muito bem que sempre que ia num baile, no outro dia não conseguia nem sentir o cheiro da minha roupa, tamanho o odor deprimente do cigarro. Só não botava a camisa fora e raspava o cabelo, também comprometido, porque custa caro e demora pra crescer, respectivamente. Outra coisa, é que nestes eventos, o fumante acha que é intocável e não precisa ter respeito por ninguém. Baforadas na cara e de graça, é apenas um exemplo da deprimente sina que transforma os fumantes em futuros inimigos das pessoas que não fumam e da sua própria saúde.
Meu amigo, colega músico e companheiro de Grupo Fandangueiro, Mauro, está no hospital. Sofreu na madrugada de segunda-feira (20) para terça-feira (21), um infarto do miocárdio. Felizmente ele passa bem. Já foram tomadas as devidas providências e muito em breve ele estará nos palcos deste Rio Grande afora tocando juntamente conosco. O Mauro é fumante. Esse não é o fato preponderante, tem o estresse e outros problemas do dia a dia. No entanto, tenho certeza, que é o principal.
Quando avisto uma fumaça de cigarro, me bate uma saudade. Saudade da minha querida São Francisco de Paula, com suas casas despejando fumaça dos fogões de lenha, e eu, sentindo o cheiro do pinhão assado. O coisa boa. Eu adoro um pinhão assado. Eu gosto desta fumaça. Da fumaça dos fogões de lenha com o cheiro de pinhão assado, que com certeza, vem ajojadas com um mate e uma gaita gaúcha fazendo costado.

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Agenda GRUPO FANDANGUEIRO:
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BAILE CTG CAMPO VERDE


DIA: 25/10/2008 (SÁBADO)
HORA: 20HS 30MIN
VALOR: NÃO INFORMADO
LOCAL: AV. DOS MUNICÍPIO, 1300- CAMPO BOM/RS

E ATENÇÃOOOO!!!!!
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BAILE 6º RODEIO CIDADE DE IVOTI


DIA: 08/11/2008 (SÁBADO)
HORA: 23HS
VALOR: R$ 8,00 - ANTECIPADO LOCAL: CTG ESTÂNCIA DO COTIPORÃ - RUA DA CASCATA, 2100 - FEITORIA NOVA - IVOTI/RS
INGRESSOS: 51 9125-8081 (c/ Bruno)

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Boas melhoras meu amigo Mauro.

Um forte abraço a todos e um bom fim de semana.

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