terça-feira, 14 de outubro de 2008

Eu vou para dançar

Novamente não consegui postar um texto ontem. Aliás, há algum tempo não escrevo numa segunda-feira. Deve ser porque na segunda-feira eu estou sempre cansado, afinal, há algum tempo eu também não consigo descansar num final de semana. Mas, como isso aqui não é muro de lamentações nem nada, vamos achar um assunto que seja de interesse recíproco: o meu de escrever e o de vocês, ler.
Vamos lá, me digam o que vocês querem ler escrito por mim? Como é, ninguém se manifesta? Que barbaridade!!! (Enlouqueci!) Então, eu mesmo defino o assunto, mas, não se queixem depois que não gostaram (hehehe).

Há muito tempo eu não vou a um baile para dançar. Tenho ido aos CTG’s da região apenas para tocar os fandangos mesmo. E mesmo o último que fui com a pretensão de dançar, apenas, ainda assim não a fiz. Como um estudioso de fandangos que sou, geralmente vou a um baile para aprender algo novo. Novas tendências, novas músicas, novos caminhos e novos desafios. Danço uma, duas, três músicas e já to de saco cheio. Parece que perdi o apreço pela dança. E olha que, modéstia à parte, arrasto um pé bagual pela sala. Danço tudo que é ritmo, desde que seja gaudério. Aquela dor de barriga do tal de maxixe eu não danço nem abaixo de surra de facão. Vaneira, bugio, valsa, rancheira, chamamé e milonga então, ala pucha tchê. A única que eu não gosto muito é o xote. Mas danço sem problemas.
Por falar em milonga, esta merece um parágrafo especial. Apesar de eu ser natural de São Francisco de Paula, capital mundial do bugio, sou um fã incondicional de milonga. Incondicional mesmo. Pra mim, baile sem milonga não é baile. A milonga é o ritmo que exige mais técnica do dançador. Na minha opinião, dançar por dançar não tem graça nenhuma.
E como existem obras de arte em forma de milonga hein? Meu Deus! Só para citar algumas: Milonga Abaixo de Mau Tempo (Mauro Moraes/Zé Cláudio), Gineteando um Temporal (Os Monarcas), Romance de um Peão Posteiro e Depois da Lida (Os Mateadores), Sul dos Mates (João Luiz Corrêa), Teu Olhar (Os Tiranos) e tantas outras que agora me fugiram da lembrança. Só não entro mais a fundo na coisa, porque resolvi agora que farei uma postagem especial sobre milongas, chamamés e bugios, individualmente. Contar a história de cada um destes ritmos difundidos neste pago e trazer os grandes clássicos.
Pois bem, mas final aonde eu quero chegar com tudo o que foi descrito acima? Cheguei a conclusão que preciso levar a vida um pouco mais divertida porque o tempo está passando. No próximo baile que eu for, e que não seja para tocar, espero me concentrar bastante na dança, no fandango e na alegria que é um surungo campeiro. Pois afinal, só dançando é que eu chego a conclusão que a música é boa mesmo (hehehe).

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QUER IR NUM FANDANGO BUENO BARBARIDADE?

O GRUPO FANDANGUEIRO ESTARÁ TOCANDO UM BAITA BAILE NO CTG TERRA NATIVA em Novo Hamburgo, no PRÓXIMO SÁBADO DIA 18/10. O valor é R$ 16,00 com janta. A janta é CHURRASCO E COMIDA CAMPEIRA. CONVITES através do nº: 51 9125-8081. Não deixe de participar!

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Um abraço e boa semana a todos.

Um comentário:

Antônio Dutra Jr. disse...

Mas bah! Eu que achava que nossa única diferença era eu ser gremista e tu colorado, agora descobri mais uma!
Tu bem sabes que sou um apaixonado por xote. Se for afigurado, então, Deus me livre! Deve ser o sangue de Guavirova que corre nas veias, hehehehe.
Já por milongas, devo confessar que nutro certa antipatia. Gosto de algumas das citadas no texto, mas não pra dançar. Gosto é gosto, né, o que importa é a diversidade.
E vê se gasta a sola da bota no próximo baile do Élio!!!

Abraço, primo!