segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Ovelha não é pra mato

Sábado no CTG Terra Nativa, antes de começar o baile, teve apresentação das invernadas de dança da instituição. Quando vi os peões e prendas dançando, lembrei da época em que eu dançava, tanto no CTG Rodeio Serrano em São Chico, quanto no próprio CTG Terra Nativa, do qual meu pai outrora fora sócio. Devo confessar que nunca dancei com muito gosto, sempre fui meio empurrado pelo meu pai, principalmente, que fazia questão que eu dançasse. Eu, sinceramente, sempre achei um saco. Coisa de guri.
Fiquei pouco tempo na invernada do CTG Terra Nativa, pois logo comecei a dançar no grupo de projeção folclórica da Escola Municipal Affonso Penna, de Novo Hamburgo. Foi aí, que me encontrei com as danças folclóricas gaúchas. Foram dois anos dançando pela escola. Tínhamos uma aceitação enorme pela comunidade, felizmente. Mas, como o tempo vai passando, deixei a escola e com isso o grupo de dança e o coral, do qual eu também fazia parte. Bons tempos aqueles, grandes lembranças.
Passado isso, caí num ostracismo cultural. Resolvi me dedicar ao futebol, com um certo sucesso por um tempo, abandonando a dança do meu dicionário e deixando a música de lado. Para a música, eu logo voltei, pois afinal ela sempre fez parte de mim. Da dança, eu nunca mais quis saber. Aliás, tenho que confessar que não gostava de apresentações de invernada antes dos bailes. O que eu queria era subir no palco de uma vez e poder apresentar o meu trabalho a todos. Contudo, aprendi que a gente tem que ter paciência e saber valorizar o trabalho alheio também.
Tudo isso que descrevi à cima, é uma simples ilustração do que vivenciei no último sábado, no CTG Terra Nativa. A invernada de danças juvenil, me surpreendeu com uma visão moderna do repertório, no entanto, mantendo a linha tradicional das danças. Coisa bonita de se ver mesmo, um verdadeiro espetáculo. Quero parabenizar os instrutores pelo ótimo trabalho. Aproveito para destacar também a invernada de danças juvenil do CTG Desgarrados da Querência de Sapiranga. Um belo trabalho também.
Cheguei a conclusão, portanto, que as apresentações das invernadas são muito importantes para o CTG, pois é uma forma de trazer pais e filhos para a nossa tradição. O baile, é um instrumento que o CTG tem para mostrar para a sociedade a sua arte e seus artistas, e, sendo assim, merece o digno respeito de todos nós. Ainda acho que não precisa ser antes do baile, mas tudo bem, faz parte. No entanto, acho bonito para ver e não para dançar. Já passei do tempo e não me animo mais com invernada de CTG. A minha arte, eu resolvi fazer em cima do palco, nestes fandangos pelo Rio Grande afora.
Como diz o ditado, ovelha não é para mato!

Enfim, um texto numa segunda-feira.
Abraço e boa semana a todos.

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