sexta-feira, 31 de julho de 2009

A música e sua mensagem

Ontem ao chegar em casa minha mãe estava escutando um disco do padre Marcelo Rossi. Minha mente muito mais do que poluída logo pensou: Pronto se converteu! Aí lembrei que ela já é católica e geralmente quando a pessoa se converte é para outra religião. Deixo bem claro que não sou contra a nenhuma das milhares religiões que estão espalhadas por aí, mesmo não crendo no resultado do que a maioria delas prega. Sem exceção! Contudo, não é sobre o tema religião que eu resolvi falar hoje e sim sobre a abrangência que a música tem em todas as pessoas, de forma distinta, mas igualitária a todos . Creio que a música é uma das poucas artes em que não há uma distinção de cor, raça ou classe social. A música é a mesma para todos e chega aos lares de todo o nosso povo, de uma forma ou de outra, mas chega sempre. Através da música, ricos e pobres, brancos e negros, se unem num mesmo ambiente e neste instante não há nenhuma diferença entre as pessoas. E como seria bom se isso fosse uma coisa mais presente na nossa sociedade. União. Esta aí uma palavra que tem se perdido nos devaneios de nossas vidas.
Quando o Padre Marcelo Rossi virou um “mega hit” nacional eu ainda estudava na Escola Municipal Affonso Penna em Novo Hamburgo. Na época eu cantava no coral da escola (sim, meu começo de carreira foi no coral. Reconheço que aprendi muito cantando em coro, mas não pretendo mais voltar a fazê-lo) e logo adaptamos uma das tantas músicas suas que estavam na boca do povo, se não me engano: “ O senhor tem muito filhos, muitos filhos ele tem. Eu sou um deles, você também, louvemos ao senhor.” Quem não cantou esta música na época? O ano devia ser mil novecentos e noventa e sete ou mil novecentos e noventa e oito. Nossa! Como o tempo parece ter passado rápido. No próximo mês de agosto, no me recordo a data correta, completo treze anos de carreira musical. Uma vida certamente, mas que faço com amor e com vontade. Não sei o que seria de mim se a música não fizesse parte da minha vida. A música e este Campeiro que vos escreve caminham lado a lado e eu acho que este é um caminho único daqui para frente.
Mas voltando ao assunto do Pe. Marcelo, recordo-me que à época a grande maioria da igreja católica repudiava (digo os bispos e grande maioria dos padres) o fato do Padre Marcelo ter virado uma celebridade nacional. O que eles não enxergaram é que o “celebre” Padre conseguiu por algum tempo reaproximar a igreja de seus fiéis. Assim como o nosso tradicionalismo deve estar aberto a uma evolução sustentada, a igreja deveria trilhar um caminho parecido. Mas, e sempre tem um mas em tudo, não é sobre a igreja que quero falar e sim sobre a música. Parei para escutar as músicas do Pe. Marcelo. Por breves instantes consegui me desligar um pouco dos problemas mundanos que surgem no dia a dia e prestando atenção na sonoridade e na paz que tais músicas transmitem. Músicas que não possuem um cunho comercial, e sim, uma mensagem de paz as pessoas, sem apelo algum. E é isso que falta nos nosso dias de hoje. Temos deixado de lado a mensagem, que nos propicia a possibilidade de encontrar o rumo mais correto para nossas vidas, dando mais atenção a pobreza cultural e espiritual da maioria das músicas que tocam na nossa televisão. E assim vai caminhando a humanidade. Para o breu!
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*Por motivos de força maior não farei postagens na próxima semana, salvo por algum motivo específico.
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*Aproveito o espaço para felicitar meu pai, Doutor Luis Cezar pela passagem de seu aniverssário no dia de ontem.
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Abraço e bom final de semana a todos.

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