segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Majestade

Nos últimos tempos temos visto algumas carreiras meteóricas de bandas, cantoras e cantores a nível de Brasil, como um todo. Músicas que explodem nas paradas de sucesso e pouco tempo depois ninguém mais lembra nem da música e nem de seus cantores. Eu, como um defensor da música de qualidade profissional e não comercial, lamento entre outros, a abertura que a mídia dá para estes trabalhos com início, meio e fim. Nos nossos dias provilegiam-se as coisas passageiras, e, por muitas vezes, se esquece dos músicos de outrora que tanto contribuiram para o crescimento da cultura em nosso país. Agora, passado a euforia do sucesso tipo cometa, ficam apenas aqueles que escreveram seus nomes na história da nossa música, com trabalhos que marcaram época e deixaram um legado. Alguns nomes são exemplos disso aqui nos pagos e no Brasil: Os Monarcas, Os Serranos, Os Mirins, Gildo de Freitas, Teixeirinha, Roberto Carlos, Paralamas do Sucesso, Legião Urbana, Roupa Nova entre tantos outros. Exemplos sim de que a música não precisa ter data de validade mas sim, qualidade. Qualidade aliás, que é fundamental em qualquer ramo de atividade.
No último sábado, por coincidência vinte e cinco de dezembro, parei-me em frente a televisão logo após a novela das nove (não, eu não assisti a novela das nove) para assistir mais um especial do cantor Roberto Carlos, o Rei como dita a tal rede de televisão. Sei que o Roberto é cheio de manias, por que não dizer “frescuras”, mas é inegável que ele merece conceitos de majestade. Em cinqüênta anos de carreira, o Rei continua arrastando multidões aos seus shows, diversas gerações que emocionam-se ao ouvir seus maiores sucessoas, cantam junto e até choram junto. Um fenômeno. Eu não posso dizer que sou fã de Roberto Carlos, respeito-o como um admirador da boa música, a de qualidade. Provavelmente iria neste seu show em copacabana se estivesse na capital fluminense. Um show de Roberto Carlos ao vivo deve ser algo único na vida de quem já teve a oportunidade de assistir. Único. O Brasil tem sim um Rei, sua Majestade Roberto Carlos.

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O Direito Criminal gaúcho e brasileiro acordou mais triste na manhã de ontem. Morreu aos 92 anos Oswaldo de Lia Pires, um dos maiores oradores do Juri brasileiro. As páginas de Zero Hora de hoje relembram casos antológicos do Dr. Lia Pires. A manchete do Correio do Povo fala hoje do “Adeus ao Mestre dos Tribunais”. Mestre com certeza. Assim como Roberto Carlos, MAJESTADE.


Abraço a todos.

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