segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Saudades do velho verão

Nunca pensei que um dia eu pudesse dizer isso, mas eu começo a sentir saudades do verão, aquele tradicional com um mormaço desgraçado e um calor senegalês dos infernos, com o perdão das palavras chulas. O que ocorre é que neste momento alguns andam pelas ruas agasalhados uma vez que a temperatura passou pouco dos 10 ºC nesta manhã de segunda-feira. O detalhe, é que faltam apenas sete dias para o começo do verão, que deveria ser a estação mais quente do ano. Digo deveria pois assim não está sendo até agora, pelo menos. Ao fazer uma recapitulação do que escrevi nesta mesma época nos dois últimos anos, vejo que a questão climática mudou consideravelmente. Nos anos de dois mil e oito e dois mil e nove eu escrevia pregando a abolição do verão(hehehehe), ou quase isso. Agora eu nem mais posso fazer isso, afinal, o verão mesmo ainda não deu as caras. Antes as chuvas vinham e iam embora. Agora, começa a chover e não para mais. Enfim, a realidade meteorológica nos trás muito mais incertezas do que afirmações e pelo jeito a coisa vai continuar assim por um bom tempo. O fato, é que eu já não consigo mais acreditar naquilo que falam no rádio. Virei uma pessoa com o pé atrás sempre.
No momento em que escrevo este texto ouço ao fundo um dos tantos temas musicais próprios de natal. Muito original não fosse o fato de que fazem no mínimo quinze dias que estas músicas já estão aí povoando as ruas. Se a estratégia do comércio é ganhar os clientes no cansaço, ou seja, tentar enfiar o espírito natalino goela abaixo cada vez mais cedo, acho que não estão conseguindo. Pelo que ouço aqui e ali, o movimento até agora pouco se alterou, e o pior, está abaixo do que se presenciou no ano passado. Pelo que recebo de propaganda por e-mail, as compras pela internet também não estão muito melhores. Mas isso é uma percepção de quem ainda engatinha no mercado do consumir. Minha contribuição tributária ainda é bem maior no ramo da prestação de serviço do que na de consumo. Quem sabe um dia as coisas mudem não é verdade, afinal, alguns passos sem volta eu realmente já dei. Ouso dizer que este desatino por parte do comércio de vender em trinta dias o que não conseguiu em um ano, tende a espantar os clientes e não o contrário. As pessoas hoje em dia já tem consciência do que querem, Creio nisso, pois até eu, um poço de dúvidas convicto, já tenho na mente aquilo que irei comprar para alguns. Sem contar que algumas coisas eu até já comprei antecipadamente. Não em face da pressão comercial, mas sim, por decisão própria mesmo.
Lamento que alguns amigos não puderam estar presentes no fandango no CTG Terra Nativa, no último sábado. Baile véio daqueles de dançar de lado, com sala cheia do início ao fim. Encerrar o ano deste jeito é sempre uma motivação extra para um novo ano que se chega. Tal fato, todavia, não supre a necessidade de uma decisão que tenho que tomar o quanto antes. Quem me acompanha com freqüência sabe bem que no mês de outubro eu escrevi aqui um texto entitulado “Decisão”, afirmando que deveria tomar uma posição de certa forma até irreversível. Tal situação ainda pulsa com força na minha cabeça, hora para um lado, hora para outro. É chegado o momento de dar um rumo na minha vida para não acabar prejudicando os outros. A “decisão” a que me refiro ainda não está tomada, mas haverá de ser. Quando chegar este dia, dependendo qual seja, será o dia mais difícil de minha vida. Mas necessário, e isso, isso é o que me conforta.
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Abraço e boa semana a todos.

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