quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Bairrista

Por motivos de força maior acabei ausentando-me mais que devia do blog, nas últimas duas semanas. Acabei não tendo tempo de escrever sobre assuntos pertinentes ao mês de setembro. Bom, hoje é o primeiro dia inteiramente útil do mês de outubro, mas isso não impede que eu volte a falar acerca dos festejos farroupilhas. Friso que para glorificarmos o que é nosso não precisamos de uma semana, ou mês específicos. Ser gaúcho é vivenciar o pago dia após dia. Ser gaúcho é saber cultivar as nossas tradições em qualquer lugar aonde ande. Ser gaúcho é enaltecer o Rio Grande, a qualquer hora e a qualquer preço. Acreditem, se nós, filhos desta terra não assim fizermos, ninguém fará por nós. Ninguém.
Vinte de setembro este ano caiu em uma terça-feira. Embora feriado para nós, dia útil normal para o restante do Brasil. Como os festejos farroupilhas transcendem os limites do nosso pampa, imaginei que haveria alguma manifestação, pequena reportagem que fosse, acerca da data nos principais telejornais do Brasil. Meus caros, lhes digo que iniciou-se a novela e não falaram nada do nosso Rio Grande. Falaram e inventaram as mesmas coisas de sempre, mas, sobre nós aqui nada. Daí eu lhes pergunto: é de se lamentar o descaso para com a nossa história? Todos os dias assistimos manifestações oriundas do nordeste, do norte, do centro-oeste e para por aí. Do sul pouco se fala. Paraná e Santa Catarina estão no mesmo barco que nós gaúchos.
Aí, vem algum gaiato e nos rotula de bairristas. Se defender o que é meu me faz um bairrista, bom, aí sou bairrista com orgulho.

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Muito embora eu ainda acredite ser desnecessária a vinda do Trensurb até o centro de Novo Hamburgo, tenho que admitir que a obra está corrigindo um problemas de, no mínimo duas décadas, qual seja, a pouca vazão do nosso popular “Valão”. Enchentes serão mais difíceis ao término da obra certamente. Entretanto, necessário fazer algumas ressalvas:
- A demolição da ponte da Rua 5 de Abril, no cruzamento com a Avenida Nações Unidas, com a conseqüente interrupção do fluxo beira a o desastre. Meus caros, as ruas centrais de NH já não mais suportam o intenso fluxo de veículos, carroças, pedestres e outros tantos. Portanto, desviar o fluxo para a Marcílio Dias ou então Joaquim Nabuco é, sem dúvida nenhuma, uma crônica de tragédia anunciada. Pra ajudar, na segunda-feira, ainda estavam colocando uma parada de manhã cedo no cruzamento da Marcílio com 1° de Março. Resultado: congestionamento até a Rua 25 de Julho. Oremos!
- Certamente necessário se faz o trânsito em meia pista na Avenida Nações Unidas. O problema é que ela é a principal via de Novo Hamburgo, ligando o bairro mais populoso Canudos ao Centro e este até o segundo mais populoso Santo Afonso. Mas, como andam dizendo por aí, são as conseqüências do desenvolvimento. Eu, contudo, sou mais cético. Para mim as conseqüências ainda estão por vir e não será um mar de rosas como se espera.

Peço-lhes desculpas pela ausência na segunda-feira. Farei o possível para voltar a regularidade por aqui.

Abraço a todos.

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