quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

O melhor... do verão

O melhor do verão, foi um texto com concepção reflexiva. Tem horas que a gente deve parar e pensar quais são as nossas reais necessidades. Por vezes, o caminho ainda nos desvirtua, mas é importante ter em mente aquilo que queremos. Certamente será mais fássil, assim, retomar o caminho correto, daquilo que realmente importa:




O que realmente importa


Ser técnico de futebol no mercado esportivo brasileiro hoje em dia se tornou altamente lucrativo, afinal, já há profissionais de caráter mediano ganhando muito mais de cem mil reais a cada trinta dias. Dizem alguns que o técnico de futebol tem que ser muito bem recompensado, afinal, sua responsabilidade é grande. Ora, sob esta ótica nossos professores deveriam, junto com outras profissões de notável importância, ser os mais bem assalariados do país, afinal, são de responsabilidade destes a formação de vida de todos nós, inclusive de jogadores e técnicos de futebol. Todavia, num país hipócrita como o nosso, as coisas jamais funcionarão como se deve e sim como se convenciona. Mas voltando ao caso do técnico de futebol, tais profissionais hoje estão sendo remunerados de acordo com a importância que eles tem no mercado brasileiro, afinal o futebol é uma paixão nacional indiscutível. Deve ter sido este o argumento (da importância) que os nossos nobres deputados federais usaram para justificar aos seus subconscientes o fato de terem reajustado seus próprios salários em mais de 62%, enquanto no que tange ao aumento do salário mínimo há uma enorme discussão em torno de R$ 10 a mais de aumento. O treinador de futebol no Brasil recebe um salário compatível com o seu desempenho a beira do campo. Se ele foi campeão, ou teve qualquer outro tipo de êxito, recebe um generoso aumento de salário. Se não, vai para a rua e, pasmem, é contratado por outro clube recebendo uma generosa valorização salarial. No caso de jogador de futebol é um coisa meio parecida, Coisas da vida. Vida de quem teve a sorte ou desgraça de ter nascido brasileiro, é claro. Resolvi hoje, no entanto não falar do técnico em si mais da pessoa que desempenha esta função. E assim, pergunto-lhes: o fato de um treinador ganhar quatrocentos mil reais por mês dá-lhe o direito de estar cansado da rotina e do desgaste emocional da profissão? O dinheiro é capaz de superar tais barreiras? Se sim, isso é certo ou errado? No que concerne a primeira questão eu acho que sim. Ser treinador de futebol não exime a pessoa de ser um humano como qualquer outro, ter família, sentir medos e dificuldades. O dinheiro é sim capaz de romper tais barreiras mas não deveria, afinal, não será só o profissional que estará sendo prejudicado, mas todo um contexto que se segue. Por falar em questionamentos, a esta altura do campeonato todos devem estar se perguntando aonde eu quero chegar com esta balela toda? Pois é, esta é uma pergunta muito interessante, diga-se de passagem. Independente da conta bancária recheada, ou não, usei o exemplo do futebol para chegar a minha realidade, a sua, ou a do outro que passa caminhando na rua. Por muitas vezes chegamos a momentos de nossas vidas que parece estarmos em uma encruzilhada. Sem muita perspectiva de futuro com o advento do presente e do passado, e sem muita perspectiva de futuro com os adventos sonhados sobre o próprio futuro. Mas é preciso tomar uma decisão. Ou seguimos no mesmo barco, que não afunda mas também não anda em frente, ou trocamos para um bote que tem toda a perspectiva de andar pra frente mas que também pode afundar. As pessoas no geral tem medo de mudanças. Acabam se acomodando a situação atual, achando que é melhor um pássaro na mão do que dois voando. Perdem a ambição e sem saber, acabam por tornarem-se infelizes como o passar do tempo. A vida é tão curta para vivermos toda ela fazendo o que não gostamos, não acham? Desde os quatorze anos de idade sonhava em ter um carro pra chamar de meu, zero km, e hoje quando eu já consegui isso, chego a conclusão de que o que quero mesmo é ser feliz, independente se o meu carro é ou não do ano. Um treinador de futebol independente do apego financeiro deveria buscar a sua felicidade também. Saber quando é chegado a hora de pegar o boné e tentar melhor sorte em outro clube de futebol. Para nós não há diferença: é preciso saber a hora de pegar o boné e tentar a sorte em algum lugar que te faça mais feliz. E a felicidade meus caros, é o que realmente importa no final das contas.
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Abraço e boa semana a todos.


Publicação original: Segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

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