sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Preciso de férias

Tem vezes que até o corpo suporta, mas a mente não consegue acompanhar. Não adianta! Uma boa noite de sono pode deixar tudo relaxado, mas mesmo assim as atividades diárias não rendem em virtude da nossa cabeça “estar em outro lugar”. O contrário também é verdadeiro. Minha carreira futebolística, por exemplo, um vexame. Penso nas jogadas como assim fazia há alguns anos. O reflexo dos tempos de goleiro ainda possuo, ainda que em menor escala, mas o corpo, bem, as pernas não respondem mais aos meus pensamentos. Chega a soar ridículo. O que fazer? Não tem o que fazer. Voltar para a academia, neste caso, pode atenuar a minha aposentadoria precoce dos gramados, campinhos de terra batida ou areia, enfim. Alternativa pra mente, entretanto, não é solucionada tão simples assim.
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Estive na casa do meu grande amigo Jackson, o São Borja, dia desses. Conversa vai, conversa vêm e é claro que o assunto ‘música’ predominou. Bons tempos vivemos quando tocamos juntos. Hoje já não convivemos como antes, mas mesmo assim a amizade ficou intacta. Quando ele resolveu aceitar o convite do grupo Chão Gaúcho ele veio me consultar primeiro, perguntou se eu não ficaria chateado e tal. Dei força desde o início, pois sabia que seria o melhor pra ele. O tempo tem mostrado isso, inclusive.
Conversávamos sobre a dificuldade que os grupos da região tem enfrentado. Os bailes estão escassos e quando têm o cachê é ridículo. Perdemos pelo menos dois grupo que encerraram as atividades e um tradicional tem apenas cumprido deveres assumidos há mais tempo. O problema é de ambos os lados: os CTG’s, após uma rápida retomada, voltaram praticamente a estaca zero. Está se evadindo a nossa tradição. Já nos grupos falta gestão e mais profissionalismo. Os pensamentos de outrora já não funcionam mais, as coisas evoluíram e quem não tem este pensamento deve tentar fazer outra coisa, ou então, ficar por casa mesmo. Não basta mais gostar de musica. Tem que ter qualidade e dom, logicamente.
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Alternativa para a mente é o descanso. Constatei, ontem, que estou realmente cansado. Quando detalhes do dia a dia servem de pólvora para acender um fogaréu sem fundamento, isso é sinal que as coisas já não estão indo bem e tendem a piorar. Recordei-me agora, de quando tinha ainda dezoito anos, época em que cheguei a emendar dois anos de trabalho corrido. Outros tempos, certamente, hoje, não consigo mais fazer isso. É senhores e senhoras, pelo visto, ante os relatos que fiz de mim mesmo, parece que estou carecendo de férias. Merecidas imagino. Se não forem também, não importa. O que importa é que estou precisando de férias e com urgência. É isso por agora ou o risco da tomada sofrer um curto circuito de proporções inimagináveis.


Abraço e bom final de semana a todos.

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