sexta-feira, 9 de março de 2012

Flor do campo

Ontem, foi o dia internacional da mulher. Sei que a postagem deveria ter sido feita no dia correto, não no seguinte, mas aí deparei-me com duas situações controversas: a falta de tempo e a necessidade da postagem em sextas-feira. No fim das contas, o que vale mesmo é a intenção, não é verdade? Pois bem. Fico pensando em como exaltar e enaltecer a importância das mulheres, sem desmerecer muito nós pobres homens, é claro, mas estando focado única e exclusivamente nelas. Que tal um adjetivo definitivo para elas? O problema é acertar o correto. Nem todas são iguais, nem todas pensam do mesmo jeito e, por fim e infelizmente, nem todas merecem elogio. Mas, enfim, em respeito às merecedoras, destacaria um adjetivo: fibra. A mulher, é (redundantemente) uma mulher de fibra. Com o Rio Grande do Sul constando em sua cédula de identidade então, parece que esta condição se propaga, toma maiores proporções. Com todo o respeito às demais.
Nós, músicos, muitas vezes tentando acalentar as mulheres com nossas composições, tendemos a perder o prumo quando a relação que nos envolve passa a ganhar forma dentro do canto. Música sobre a mulher tem que falar só dela, do que nos causa admiração e ternura. Aqui pelo Rio Grande muito já escreveram sobre as mulheres, alguns com galhardia e outros nem tanto. Hoje, destacaria uma composição de Daltro Bertussi, que como herdeiro do legado é conhecedor da causa, digo no sentido de compor e creio que no de mulher também, sendo “Mulher Gaúcha” defendida e transformada em sucesso por Porca Véia. Diz a letra que a mulher gaúcha “és flor do campo” e que seu encanto é que nos fascina. Perfeito! Uma composição simples que, simplesmente, define com pompa o que representa para nós a mulher. Estendendo o elogio às demais, é claro.
Uma flor do campo nos encanta por sua beleza e odor exóticos. Um cheiro puro e instigante que é capaz de levar qualquer homem à loucura. É nessas horas que a mulher toma as rédeas da relação e faz nós de “gato e sapato” (risos). A sequência do verso, “coração bate quando te vejo, sinto desejo, me dá calor”, vem de encontro, ao meu pensar, do momento em que a mulher nos desperta o instinto animal, o amor, a paixão, quiçá, a loucura. A mulher gaúcha ainda com a sua fibra, nos mostra cada vez mais a sua capacidade de autonomia e independência, dando-nos, ao mesmo tempo, uma sensação de diminuição e vontade de estar junto, participando dessa evolução. Afinal, o que seria de nós sem as mulheres? Nada. Nem sequer, aliás, conheceríamos dos bons cheiros da vida, principalmente, do mais puro e exótico: o das flores do campo.

Parabéns a todas nossas mulheres.
Forte abraço e um bom final de semana a todos.

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