sexta-feira, 30 de março de 2012

Exagero

As coisas aqui pelo Rio Grande são sempre mais exageradas. Onde já se viu um frio destes em pleno mês de março?Pior nem é o frio, afinal pelo pago estamos bem acostumados, mas sim, a forma como ele veio. Não dá pra apagar com borracha as temperaturas da semana que passou, na casa dos 35 °C. Haja saúde! Desta vez, não se pode utilizar do outono como prévia. E mais, dizem que o inverno deste ano será disso para pior. Que barbaridade! Vida de extremos, andamos vivendo por aqui. Aliás, não é só por aqui. A Europa também fora castigada por estas intempéries de caráter brusco. Fim do mundo? Não. Se tivermos paciência e bom sendo de abrir os livros de história, saberemos que mudanças climáticas como esta já ocorreram mais de uma vez. A natureza por si só não é uma ciência exata. Já devíamos saber disso, ao invés de formular teorias mirabolantes acerca da derrocada da humanidade.
Não pensem com isto que estou me contradizendo ao texto relativo às previsões do Sr. Prefeito de São Chico. No dia, procurei não me posicionar acerca, ante eventual dúvida que poderia surgir. Trate desse como um complemento daquele, enfim, um ponto de vista.
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Dizem que tudo na vida é válido, porém sem exageros. Diria eu que nem tudo na vida é válido. Princípios, valores e caráter nos servem de base para repudiar certas atitudes, seja dos outros ou nossas mesmo, preste de consubstanciá-las. Alguns vão dizer que meu pensamento é devaneio ou utópico, quando acho que o dinheiro em excesso também é exagero. O luxo pode até fazer bem para o ego, mas quem disse que faz bem pra alma? Viver bem não se contrapõe aos exageros. Posso ter uma vida confortável, mansão, carros na garagem, e não viver exageradamente. Tudo é uma questão de realidade. A realidade social nos mostra um mundo e, principalmente o Brasil, recheado de desigualdade. É aí que eu me refiro.
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Muitos devem estar pensando que este texto de hoje está fugindo um pouco da realidade de sexta-feira, da bandeira defendida por aqui. A reflexão não crítica (afinal, estou trazendo um comentário, um ponto de vista) pode ser considerado uma arte também. Filosófica, ética ou antropológica. Matérias chatas? Sim. Mas nem tudo na nossa vida é legal, bom de fazer. Ao pensar no último texto deste mês, um dos mais compridos do ano, achei por bem tratar de alguma coisa - um tanto quanto – mais abstrata. No abstratismo da arte é que encontramos os fundamentos para sua objetividade. Em suma, é uma chatice este texto de hoje (risos). Afinal, março é um mês chato, estou certo ou não? Um exagero, talvez! Quem sabe um meio termo então?

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Abraço e bom final de semana a todos.

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