sexta-feira, 15 de junho de 2012

De ofício!

Eu sou o último dos românticos, definitivamente. Enquanto os casais apaixonados, homens e mulheres esforçavam-se para propagarem o amor em forma de presentes e atitudes em prol da pessoa amada, eu imaginava as consequências do mercantilismo acerca da data. Ademais, têm importância uma data específica? A propagação do amor não deve ser uma atitude reiterada entre um casal apaixonado? É, o romantismo parece não fazer parte da minha vida, eis que tal data nunca me deixou muito entusiasmado. Embora o meu campeirismo seja fruto da essência de campo, uma vez que pouco convivi com as lidas de fora, parece que o xucrismo nasceu e vem se desenvolvendo comigo, ainda que nos arrabaldes das construções de pedra e das ruas de asfalto, enfim, da vida citadina. Sim, senhoras e senhores, eis aqui um gaúcho grosso que nunca, repito, nunca sequer deu uma rosa a sua prenda amada. Bloqueio sentimental? Falta de vergonha na cara? De fato, sou xucro de ofício!
Sei que estou sujeito as críticas e aceito-as sem problemas. Eu deveria aproveitar e mudar o meu jeito, já que parece tão fácil assumir os erros eventuais. Mudar, todavia, nunca foi um artigo fácil em minha vida. As vezes, a impressão que tenho é já nasci com certas convicções e, de tão intrínsecas em minha vida, parecem terem se tornado cláusulas pétreas. Do mesmo modo, o ato de assumir um erro eventual deve ser feito com cuidado, sob pena de parecer, tão somente, um pedido de desculpas maquiado. Enfim, relendo o que escrevi, faz transparecer que não só o romantismo falta dentro de mim, como também o amor. É, um xucro de ofício, realmente, tem sérias dificuldades em demonstrar qualquer animosidade por quem quer que seja. Não é próprio de tal, eu sei, mas se acentua.
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Este mundo atual está querendo me derrubar, só pode! Não pode ser normal eu anunciar a chegada do inverno numa semana, com temperaturas beirando os 10ºC negativos, e na semana seguinte 30ºC positivos. Coisa de louco e pra gente com saúde de ferro o que, logicamente, não é o meu caso.
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Por falar em saúde, devo cuidar ainda mais dela a partir de amanha. Alcanço temíveis vinte cinco anos de idade. Digo temíveis, pois o primeiro quarto de século de um homem (do ser humano) serve de aprendizado e o seguinte, de aplicação prática do que foi compreendido (ou deveria ser, pelo menos).
Enfim, do 16 de junho em diante entro numa fase derradeira em que é chegada a hora, enfim, de caminhar a passos largos. Tomara que eu seja feliz nessa trajetória.
Felicidades e sorte para mim, então, e um bom final de semana aos demais.

Um comentário:

Anônimo disse...

Já que lembrou da data...
Feliz Aniversário!
Tudo de bom!