quarta-feira, 20 de junho de 2012

Fanfarronice e mudança

Eu poderia, facilmente, chegar aqui hoje dizendo que ainda estava me recuperando da ressaca dos festejos do final de semana, porém, faltaria com a verdade. De fato, minha ausência injustificada novamente parece um lapso, um desrespeito para com vocês, nobres leitoras e leitores. Todavia, o que realmente ocorre é que esta ausência já estava prevista, mas, dado a minha memória de formiga, esqueci de mencionar ainda na sexta-feira. De qualquer sorte, o assunto a ser abordado nesta quarta-feira segue pertinente. E segue o baile!

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A idosa que matou um delinqüente em Caxias do Sul, em legítima defesa (com três tiros?), parece ter virado a nova celebridade da fanfarronice midiática deste nosso país. Com um revés (aliás, dois) que já explicarei. Primeiramente, não quero que pareça que acho que esta senhora não agiu certo (embora não ache mesmo), afinal, não é o meu parecer que esta em voga. O que de fato acontece, é que ao transformar esta senhora em super heroína, a nossa mídia acaba trazendo transtornos colaterais, a ela e a sociedade. A ela, pois a mesma passa a ser candidata em potencial à eventual reação de familiares e amigos da vítima já que, pasmem, mostraram o seu rosto e o endereço de sua residência; eis o primeiro revés. Depois, dá a idéia para a sociedade de que crimes como estes são facilmente perdoados pelo ordenamento jurídico pátrio. Basta, afinal, dar uma arma para uma avó ou avô e mandá-lo puxar o gatilho, uma vez que supostamente comete o ato sobre a premissa de eventual excludente de punibilidade; o segundo revés, portanto. Aliás, já surgiu um novo caso do tipo no estado de São Paulo.

Não questiono o ato em si, mas sim, a forma como fora exposto. Do jeito em que a coisa anda, onde a mídia absolve e condena facilmente, não demorará muito para o nosso poder judiciário virar chacota de vez.

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Vão esperar até quando para demitir o Dorival? Não é de hoje que digo que ele não tem o perfil do Internacional, mas, a nossa diretoria parece que, de fato, é obsoleta no quesito futebol.

Diga-se de passagem, desde 2002 quando Fernando Carvalho assumiu, a uma dificuldade em demitir treinadores, ainda que campanhas pífias fossem visíveis. A mudança, na maioria das vezes, decretou o fim em toda ou qualquer pretensão de títulos à época. Nada mudou de lá pra cá. O final desta história já está traçado e, lamentavelmente, não terá final feliz.



Abraço a todos e meus agradecimentos pelas felicitações recebidas.

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