Desde que fui morar em Ivoti
(entre idas e vindas), há oito anos, creio ter sido a primeira vez que vi a
grama de casa com geada, isso por volta de 6h. Como de costume, saio da cama e
vou direto tirar o carro da garagem e estacionar do lado de fora do pátio.
Coisa de louco, eu sei, mas, frescuras de família nem sempre são bem compreendidas,
de modo que é melhor eu nem tentar explicar. Hoje cheguei a titubear em abrir a
porta, mas, no fim, cumpri a rotina normalmente. Voltei pra dentro, tomei banho
(cruel quando o chuveiro está a metade da resistência queimada) além do café
quase fervendo. Exatos quarenta e cinco minutos depois, saí de casa em
definitivo, quebrando geada novamente, eis que tudo continuava branco. Para
ajudar, o para-brisa branqueou só deste curto período em que o veículo ficou ao
relento. Que coisa! Por sorte, a mangueira estava instalada na torneira do
pátio e pude fazer derreter o gelo.
Algo parecido com isso me
ocorreu em julho de 2009, quando após um baile que toquei em Estância Velha,
por volta de 4h, todo o carro estava branco. Aliás, dias atrás já havia
comentado acerca do frio ocasionado em 2009. Portanto, temperaturas como as
dessa madrugada não são novidade pra ninguém, salvo para os nascidos no período.
***
Devo quebrar geada, também,
nos campo dobrados de São Francisco de Paula, nesta próxima madrugada. Ao final
desta tarde, me dirijo à serra para acompanhar a final da 21ª edição do Ronco do
Bugio, um dos festivais mais tradicionais deste nosso Rio Grande. Faço uma mea culpa aqui, eis que já deveria ter
falado sobre a edição 2012 anteriormente. Mas, felizmente, desta vez o festival
teve boa divulgação de mídia.
Nesse sentido, ontem, Os
Tiranos estiveram ao vivo no Jornal do Almoço, da RBSTV. Divulgaram o show que
farão hoje a noite na final do Ronco e, principalmente, o cd e dvd ao vivo,
lançado no último mês. Um belo trabalho que ouvi (o disco) um pedaço apenas,
mas que serviu de motivação para adquirir os trabalhos, o que devo fazer ao
longo do baile hoje mesmo.
Enfim, após três anos de
ausência, volto ao Ronco do Bugio com a ânsia de prestigiar a cultura
Riograndense. Aproveito para torcer pelos amigos Adriano Claro, Volnei Gomes e
Rodrigo Lucena que lá estão defendendo trabalhos. Ganhando um destes, já ta
feito o brique e a churrascada está garantida (risos).
***
Num momento nostálgico de
feriado, assisti ao dvd do eterno Rui Biriva. Assim como outros tantos, faz
muita falta ao nosso tradicionalismo. Foi vencedor da 8ª edição do Ronco, numa
parceria com Elton Saldanha. Outro que venceu o Ronco (duas vezes) e que já nos
deixou é Edson Otto. Personalidades da música gaudéria que, a meu ver, deixaram
um legado enorme pouco aproveitado pelas gerações de agora, porém. Sim, o que é
nosso anda se perdendo pelo pensamento antigo e ineficaz. É hora de quebrar
geada e fazer reviver o verde brilho do nosso pago. E viva o bugio que nunca
morre!
Abraço e bom invernico a
todos (Frio? Capaz! Nem rengueou o cusco ainda – risos).
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